I Seminário dos Trabalhadores das Universidades Estaduais e Municipais debate o papel do Estado

12:52 | 9 de dezembro de 2016

 

 

Segundo o Antunes, o Rio de Janeiro está servindo como um laboratório para as políticas de arrocho de direitos trabalhistas e sociais que, “se implementadas, tendem a ser adotadas em outros estados”, disse.

 

O I Seminário dos Trabalhadores das Universidades Estaduais e Municipais pautou o papel repressor do Estado em relação à classe trabalhadora. Promovido pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA Sindical) em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais – RJ (Sintuperj), o evento aconteceu na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), de 02 a 04 de dezembro.

 

Regina de Souza coordenadora geral do Sintuperj saudou os participantes e fez uma apresentação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

 

 Participaram da mesa de abertura Gibran Ramos coordenador geral da Fasubra, Neusa Santana Alves e Antônio Alves Neto coordenadores das Estaduais e Municipais da Fasubra e Antônio Virgínio coordenador geral do Sintuperj.

 

 

A discussão sobre as formas de enfrentamento à política de ataques aos direitos trabalhistas revelou o objetivo de promover uma aproximação das instituições estaduais e municipais de ensino superior à Federação, haja vista que a entidade tem maior foco de atuação junto as universidades federais.

 

 

Por essa razão, inclusive, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro foi escolhida para receber a primeira edição do evento. Antônio Virgínio relatou o panorama atual político do estado fluminense e a atuação do Sintuperj na defesa dos direitos trabalhistas.

 
 

Natália Trindade diretora da União Estadual dos Estudantes (UEE)  e estudante da Uerj, e Francisco de Assis coordenador da Fasubra e coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (SINTUFRJ) também saudaram os presentes.

 

 

O papel do Estado

 

A mesa de debate sobre “O papel do Estado”, contou com a participação de Ricardo Antunes professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).  Antunes realizou uma análise de conjuntura política no Brasil, com vistas à atuação do Estado sobre os trabalhadores.

 

 

Em uma das primeiras intervenções, o docente lembrou que apesar das conquistas trabalhistas da era Getúlio Vargas, o Estado restringiu a atuação sindical no país no período da ditadura militar, limitando a existência de um único sindicato. De acordo com Antunes, como consequência houve um processo de desarticulação da organização da luta dos trabalhadores.

  


 

Posteriormente, o professor também mencionou a emergência de sindicatos cujas linhas políticas são voltadas menos à luta propriamente dita e mais à negociação, reduzindo o poder da classe trabalhadora perante os governos.

 
 

Em relação ao atual momento da política no estado do Rio de Janeiro, Antunes taxou ser imprescindível que trabalhadores impeçam o avanço das medidas de austeridades enviadas pelo governador Luiz Fernando Pezão, para a aprovação na Assembleia Legislativa.

 
 

Segundo o Antunes, o Rio de Janeiro está servindo como um laboratório para as políticas de arrocho de direitos trabalhistas e sociais que, “se implementadas, tendem a ser adotadas em outros estados”, disse.

 

 

Nos dias seguintes foram realizados os debates sobre a Conjuntura Nacional com Gibran Jordão e Rogério Marzola coordenadores gerais da FASUBRA, Financiamento e Autonomia das Universidades com membros do Fórum das Seis (representantes de sindicatos dos trabalhadores, associações docentes e estudantes das universidades paulistas). Também foi realizada uma roda de conversa sobre a situação das universidades com as entidades presentes.

 

 

Texto e imagem: Átilas Campos/Sintuperj

Edição: Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical

 

 

 

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