I Seminário dos Trabalhadores das Universidades Estaduais e Municipais debate o papel do Estado
Segundo o Antunes, o Rio de Janeiro está servindo como um laboratório para as políticas de arrocho de direitos trabalhistas e sociais que, “se implementadas, tendem a ser adotadas em outros estados”, disse.
Regina de Souza coordenadora geral do Sintuperj saudou os participantes e fez uma apresentação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
A discussão sobre as formas de enfrentamento à política de ataques aos direitos trabalhistas revelou o objetivo de promover uma aproximação das instituições estaduais e municipais de ensino superior à Federação, haja vista que a entidade tem maior foco de atuação junto as universidades federais.
Por essa razão, inclusive, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro foi escolhida para receber a primeira edição do evento. Antônio Virgínio relatou o panorama atual político do estado fluminense e a atuação do Sintuperj na defesa dos direitos trabalhistas.
Natália Trindade diretora da União Estadual dos Estudantes (UEE) e estudante da Uerj, e Francisco de Assis coordenador da Fasubra e coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (SINTUFRJ) também saudaram os presentes.
O papel do Estado
A mesa de debate sobre “O papel do Estado”, contou com a participação de Ricardo Antunes professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Antunes realizou uma análise de conjuntura política no Brasil, com vistas à atuação do Estado sobre os trabalhadores.
Em uma das primeiras intervenções, o docente lembrou que apesar das conquistas trabalhistas da era Getúlio Vargas, o Estado restringiu a atuação sindical no país no período da ditadura militar, limitando a existência de um único sindicato. De acordo com Antunes, como consequência houve um processo de desarticulação da organização da luta dos trabalhadores.
Posteriormente, o professor também mencionou a emergência de sindicatos cujas linhas políticas são voltadas menos à luta propriamente dita e mais à negociação, reduzindo o poder da classe trabalhadora perante os governos.
Em relação ao atual momento da política no estado do Rio de Janeiro, Antunes taxou ser imprescindível que trabalhadores impeçam o avanço das medidas de austeridades enviadas pelo governador Luiz Fernando Pezão, para a aprovação na Assembleia Legislativa.
Segundo o Antunes, o Rio de Janeiro está servindo como um laboratório para as políticas de arrocho de direitos trabalhistas e sociais que, “se implementadas, tendem a ser adotadas em outros estados”, disse.
Nos dias seguintes foram realizados os debates sobre a Conjuntura Nacional com Gibran Jordão e Rogério Marzola coordenadores gerais da FASUBRA, Financiamento e Autonomia das Universidades com membros do Fórum das Seis (representantes de sindicatos dos trabalhadores, associações docentes e estudantes das universidades paulistas). Também foi realizada uma roda de conversa sobre a situação das universidades com as entidades presentes.
Texto e imagem: Átilas Campos/Sintuperj
Edição: Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical
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