Foi aberto nesta quinta-feira (01) o Seminário Internacional da CONTUA na Câmara dos Deputados

16:59 | 1 de março de 2012

Foi aberto na  quinta-feira (01), no Plenário 1 da Câmara dos Deputados, o Seminário Internacional: Autonomia e Democracia nas Universidades e o Papel dos Hospitais Universitários, que é organizado pela Fasubra Sindical e Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Universidades das Américas – Contua.

Inicialmente os representantes dos 16 países presentes no evento conheceram um pouco da cultura brasileira, com a apresentação do grupo de música afro-brasileira, Batuengê; seguida da execução do Hino Nacional.

Posteriormente foi composta a mesa de abertura, com as saudações do secretário geral da Contua, Marcelo Di Stefano, e dos coordenadores da Fasubra Sindical, Léia de Souza Oliveira, Rolando Rubens Malvásio e Paulo Henrique dos Santos.

Léia de Souza Oliveira saudou os presentes e disse que é uma satisfação para a Fasubra Sindical realizar o seminário Brasil, reafirmou o compromisso da Fasubra com a Contua, e acrescentou que a expectativa é de que o seminário resulte em um plano de lutas, um plano  de ação para os trabalhadores das universidades da América Latina.

A coordenadora enfatizou a importância do seminário acontecer  na Câmara dos Deputados, uma das casas do Congresso Nacional. “Essa é uma ocasião fundamental para mostrarmos para o parlamento brasileiro, para os deputados e senadores, que os técnico-administrativos das universidades da América Latina pensam da autonomia universitária e sobre o papel dos HUs”, concluiu.

Já o coordenador geral Rolando Malvásio Júnior aproveitou a oportunidade para criticar as investidas do Governo Federal contra os técnico-administrativos em educação das universidades brasileiras e contra os trabalhadores do serviço público em geral, concretizados segundo ele, através da criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e a aprovação ontem do PLP 1992/07 que trata da previdência complementar para os servidores públicos. “Atualmente, existe um viés privatista e neoliberal no país encampado pelo Governo Federal com ataque sistemático ao conjunto dos servidores. Tenho certeza que nos países de vocês também existem, por isso se faz fundamental para o fortalecimento dos trabalhadores a realização de eventos como esse seminário que unifiquem a luta”, disse.

Para o coordenador geral da Fasubra, Paulo Henrique dos Santos, o seminário se constitui em uma forma ímpar para favorecer a troca de experiências entre os trabalhadores dos diversos países da AL. “Existe um processo de irmanamento entre as entidades de trabalhadores das universidades das Américas, e por isso esse seminário vai provar aos governos, e não só ao governo brasileiro, que é preciso ter um projeto de socialismo, um projeto único de avanço social, que passa pelo respeito à figura do técnico administrativo num contexto em que a universidade pública se insere como geradora de conhecimento, de saber”, disse.

Finalizando as saudações, o secretário de coordenação da Contua, Marcelo Di Stefano, recuperou toda a trajetória compreendida entre a criação da Confederação em 2008, no Panamá, até a realização do seminário no Brasil, no momento em que a entidade já tem como membros permanentes 18 países latino-americanos.

Di Stefano também parabenizou a Fasubra pela história de luta. “A Fasubra é um exemplo de debate, de democracia, onde os dirigentes da entidade superam as divergências políticas para construir um objetivo, para debater e aprofundar as discussões e defender um plano de lutas eficaz”, afirmou.

O coordenador da Contua alertou os participantes do evento de que a luta contra o capital neoliberal, e que resulta em modificações constantes do papel das universidades a ponto de comprometer a autonomia, é resultante da globalização, principalmente do capital. “É uma luta, um embate de responsabilidade de todos os trabalhadores técnico-administrativos em educação do Brasil, e também de todos os trabalhadores das universidades das Américas, e nós temos que trabalhar muito para combater essa política. É por isso que estamos aqui: para discutir, para trabalhar e principalmente para aprender”, concluiu.

Sem seguida a mesa de abertura foi encerrada, para dar início á realização do primeiro painel do evento Modelo de Autonomia das Universidades das Américas.

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Texto: Carla Jurumenha – ASCOM FASUBRA SINDICAL

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