FASUBRA Sindical reforça Marcha das Margaridas com 200 mulheres
Mais de 100 mil mulheres trabalhadoras do campo, da cidade, das florestas e das águas ocuparam o centro da capital do país, nesta quarta-feira (14). A 6ª Marcha das Margaridas é a maior ação de mulheres da América Latina, ocorre desde 2000 e já conquistou diversas políticas públicas para as mulheres do campo. Além do Brasil, representantes de outros países participaram da marcha na Esplanada.
Com o tema “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”, a marcha deste ano contou com a participação de mulheres indígenas que se somaram ao protesto em defesa de suas terras e de políticas ambientais. As mulheres indígenas estavam em Brasília para a “1ª Marcha de Mulheres Indígenas”, que ocorreu na terça-feira (13) em conjunto com a Greve Nacional da Educação.
Um dos objetivos da marcha é a conquista de reconhecimento político, social e de cidadania plena das mulheres, que lutam contra qualquer forma de exploração, dominação e violência. Os eixos políticos deste ano englobaram temas como: pela autodeterminação dos povos, com soberania alimentar e energética; pela proteção e conservação da sociobiodiversidade e acesso aos bens comuns; por autonomia econômica, trabalho e renda; por Previdência e Assistência Social, pública, universal e solidária; por saúde pública e em defesa do SUS; por uma educação não sexista e antirracista e pelo direito à educação no campo, entre outros.
Encontro Nacional de Mulheres da FASUBRA
Cerca de 200 técnica-administrativas em educação de todos os estados participaram da marcha, que fez parte da programação do Encontro Nacional de Mulheres da FASUBRA Sindical, que iniciou na segunda-feira (12), na UnB, e terminou nesta quarta (14) com a passeata.
As mulheres trabalhadoras da FASUBRA Sindical incorporaram as atividades da marcha nesta terça-feira (13), no Pavilhão do Parque da Cidade, e participaram de diversas oficinas, plenárias, rodas de conversas, espetáculos culturais, lançamento de cartilha, entre outros. A abertura oficial do evento ocorreu a noite e contou com a execução do Hino Nacional na língua indígena Terena.
Veja aqui matéria do 1º dia do encontro.
Margarida Maria Alves
Na última segunda-feira (12) completou 36 anos do assassinato de Margarida Maria Alves, a líder sindical que defendia direitos de trabalhadores e trabalhadoras rurais. Margarida, que dá nome a marcha, foi morta em agosto de 1983, em Alagoa Grande, na Paraíba.
Na terça-feira (13), sessão solene em homenagem à marcha foi realizada na Câmara dos Deputados, ocasião em que parlamentares e trabalhadoras rurais destacaram a importância da defesa da democracia e da soberania popular na atual conjuntura política. Protestos foram realizados contra os retrocessos recentes no campo e em terras indígenas.
Foto em destaque: Pedro Mesidor – Fenasps
Categorizados em: Geral