Dia Nacional da visibilidade de transexuais e travestis 2018

18:10 | 26 de janeiro de 2018

 

Para a federação, o dia 29 de janeiro é dia de respeito, de luta contra a intolerância e o preconceito.

 

Em 2017,  a temática transexualidade e as dificuldades em assumir a identidade de gênero diante da família, decorrentes da intolerância de parte da sociedade, ao ser abordado em uma telenovela, causou polêmica e muita discussão. Infelizmente o conservadorismo é, em grande medida, responsável pela apatia social e por isto, ainda é comum que as pessoas fechem os olhos a uma realidade presente em muitos lares brasileiros.

 

A FASUBRA Sindical defende a bandeira da liberdade, dos direitos e da igualdade. Para a Federação, ser travesti e se identificar com o gênero biológico, se vestir e comportar como pessoas de outro sexo; ser transexual e se sentir pertencente a outro gênero, fazer uma cirurgia para  mudar de sexo não retira os direitos de um cidadão.

 

Assim, para a FASUBRA,  29 de janeiro é dia de respeito e de luta contra a intolerância e o preconceito. O Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais é uma data importante e simbólica para  reforçar o direito de milhares de brasileiros e brasileiras viverem de acordo com sua identidade de gênero, sem medo.

 

Nome social

Neste ano, transexuais e travestis receberam uma boa notícia: o direito de uso do nome social nas escolas de educação básica de todo o país. A norma, homologada pelo Ministério da Educação no dia 17 de janeiro, permite que estudantes solicitem o uso do nome social na lista de presença das escolas e nos documentos oficiais, no lugar do nome que consta no RG.  

 

História

O Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, comemorado em  29 de janeiro, marca a luta pelos direitos humanos e o respeito à identidade de gênero. A data foi criada pelo Ministério da Saúde (MS) em 2004, junto ao movimento brasileiro de travestis e transexuais.

 

Na época, o MS lançou a campanha “Travesti e Respeito” para sensibilizar profissionais de saúde e motivar travestis e transsexuais ao exercício da sua cidadania.

 

Com informações: EBC

 

Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical

 

 

GISBERTA, UM LIBELO CONTRA A VIOLÊNCIA, UM GRITO CONTRA A TRANSFOBIA

O espetáculo Gisberta, atualmente no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) em Belo Horizonte, com previsão de temporada em outras capitais brasileiras, conta a história da transexual brasileira, nascida em São Paulo, que virou símbolo LGBT em Portugal, depois de ser brutalmente torturada e assassinada por 14 adolescentes na cidade do Porto, em 2006, e cuja repercussão do caso, levou à criação de novas leis de combate a esse tipo de crime naquele país.

O espetáculo, totalmente autoral, foi iniciativa do ator, assumidamente gay, Luis Lobianco (Porta dos Fundos), que empreendeu, por conta própria, um trabalho de pesquisa hercúleo e detalhado sobre o caso (que já caia no esquecimento), aqui no Brasil e em Portugal, levantando dados com parentes, amigos e autoridades nos dois países, e conseguiu um resultado brilhante. Conta a história da personagem da infância até a morte. Sério, respeitoso, sensível à causa, em nenhum momento caricato, tecnicamente perfeito e de alto poder de conscientização, que permite à plateia, a mais diversa possível, tomar contato (talvez pela primeira vez) com esse assunto tão negligenciado, em uma abordagem digna, corajosa, honesta, séria, nunca vista nos palcos ou na dramaturgia brasileira. Verdadeiramente emocionante!

O ator, muito embora conte sua história, não interpreta o papel da transexual Gisberta . Ele interpreta brilhantemente o papel de várias pessoas que a cercaram: a mãe, o pai, a irmã, os amigos, um amante de Portugal, os adolescentes que a violaram e torturaram, o juiz que livrou os adolescentes de uma justa pena, entre outros. Quem dera outros tantos atores e atrizes cisgêneros, assim como atores e atrizes trans, sensíveis à questão, tomassem a iniciativa tão importante e oportuna, de contar essas histórias e outras, essenciais para tirar da invisibilidade tantas pessoas que sofrem, cotidianamente, o desrespeito e a violência.

(Adaptação de texto de Poliana Guimarães)

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