
A Direção Nacional da FASUBRA compartilha o vídeo do médico Jorgê Darze
A Direção Nacional da FASUBRA compartilha o vídeo do médico Jorgê Darze, da Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e membro da mesa nacional de negociação permanente do SUS, que trata da sua discordância com o processo de “fusão” entre o Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), articulado pelo Ministério da Saúde, reitoria da UNIRIO e EBSERH, que visa contratar a empresa para gerir um eventual novo hospital universitário.
A FASUBRA vem acompanhando a EBSERH, que não tem demostrado o compromisso anteriormente firmado em solucionar os diversos problemas na gestão hospitalar, como contratação de trabalhadores públicos sem a devida isonomia, ou seja, com vínculos diferentes. Isso tem gerado conflitos que se agudizam a partir de uma gestão verticalizada e pouco democrática. A decisão será realizada de forma açodada sem realizar os debates necessários com a comunidade universitária e sem a avaliação do controle social. É preciso ouvir a comunidade antes de deliberar o futuro de uma nova gestão. Uma fusão significa a ampliação, não só do alcance da EBSERH, que já se estende por quase a totalidade dos hospitais universitários, mas também de seu escopo, atingindo novas estruturas do poder público federal, com seu modelo de gestão por direito privado e contratação pela CLT. No caso da Unirio, o fechamento do Gaffree e Guinle representa um retrocesso, um apagamento de um verdadeiro patrimônio da saúde pública no Rio de Janeiro e a diminuição de serviços de alta complexidade em uma região que necessita desse atendimento.
A EBSERH, ao longo de mais de uma década de experiência em contratos com universidades federais, não cumpriu com seus objetivos anunciados de solução da crise de subfinanciamento dos HU’s ou da garantia da permanência de gestão democrática das unidades administradas por ela. Os Hospitais da rede vinculados à empresa, que garantem ao menos a escolha de dirigentes por consulta pública, são exceções que a FASUBRA vem lutando para universalizar, com muita dificuldade na negociação com a direção da estatal.
Além da ampliação do alcance e do escopo de um modelo que não favorece o controle social, a gestão democrática e as condições de trabalho aos profissionais que atuam nos hospitais. A FASUBRA faz um apelo ao Ministério da Saúde para que faça valer o controle social do SUS, e dialogue com o Conselho Municipal e Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, e com o Conselho Nacional de Saúde, que já manifestaram posicionamento contrário a essa proposta. Defender o SUS, é também defender o controle social e portanto dialogar com os anseios desses conselhos que contam com a participação de usuários/as, trabalhadoras/es e gestores/as.
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