Dia Internacional de Combate à LGBTfobia: Brasil segue como 1º do mundo em mortes

, 15:15 | 17 de maio de 2022

Hoje (17/05), Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, é dia de reforçar a luta pelo direito de viver com dignidade e contra o preconceito. Não há o que comemorar. O Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo pelo quarto ano consecutivo. Em um ano, houve um aumento de 33,3% nas mortes violentas de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo, conforme o Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil, divulgado este mês.

“Tratar da LGBTIfobia implica em análises complexas dos contextos em que as violências ocorrem, de modo que raramente é possível apontar uma causa única a essas mortes violentas. A própria situação de vulnerabilidade em que parte dessa população está inserida, sobretudo pessoas negras e periféricas, aumenta mais ainda as chances de violências as acometerem”, destaca o Dossiê, uma parceria das entidades: Acontece Arte e Política LGBTI+, Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).

Em 2021, houve 316 mortes violentas dessa população e, em 2020, esse número foi de 237 mortes. Entre os crimes ocorridos, 262 foram homicídios (o que corresponde a 82,91% dos casos), 26 suicídios (8,23%), 23 latrocínios (7,28%) e 5 mortes por outras causas (1,58%). Os homens gays e as travestis e mulheres trans são os grupos que mais sofreram violência, sendo que 90,5% dos casos são de homens gays e 44,62% das travestis e mulheres trans. No ano passado, a maioria das mortes ocorreu com jovens entre 20 e 29 anos, um total de 96 casos.

Para o coordenador LGBTI da FASUBRA Sindical Wellington Pereira, hoje é um dia muito importante que marca a luta contra a LGBTFobia. “Mas essa luta tem que se multiplicar para os 365 dias do ano. Na conjuntura nós temos um governo que é um terreno fértil para agressão às mulheres, aos negros e aos LGBTs. Portanto, se faz necessário hoje nós gritarmos Fora Bolsonaro, Fora Mourão, contra qualquer tipo de preconceito a população brasileira. Nós, LGBTs, estamos, mais uma vez, conclamando todos e todas para que em outubro não coloquemos Bolsonaro no poder porque Bolsonaro no poder significa a morte do povo brasileiro”, afirma.

O descaso com um crime te torna cúmplice!

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