Violência contra as mulheres: em 2021 uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 7h

, 15:36 | 25 de novembro de 2022

O dia 25 de novembro foi designado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1999, como o “Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres”. A data lembra o assassinato das irmãs Mirabal, na República Dominicana em 1981, denunciado pelo movimento feminista latinoamericano e busca exigir políticas em todos os países para a erradicação da violência contra as mulheres.

No Brasil, os desafios para eliminação da violência contra as mulheres são enormes e a data serve para alertar e sensibilizar a sociedade sobre o tamanho do problema. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelam que em 2021, em média, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 7 horas. A pesquisa utiliza fontes oficiais dos órgãos públicos responsáveis e demonstra que a lesão corporal dolosa, agressão que coloca em risco a vida da vítima, aumentou no ano passado. Em 2021 foram registrados 632 casos de agressão física por dia. As chamadas ao 190 tiveram um aumento de 4% a mais do que 2020 e as ameaças um crescimento de 3,3%.

Ainda de acordo com o estudo, a violência letal contabilizou 1.319 mulheres vítimas de feminicídio no último ano e 56.098 estupros (incluindo vulneráveis), apenas do gênero feminino, crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior. Ainda de acordo com a pesquisa, o quadro de violência aumentou durante a pandemia. “Apenas entre março de 2020, mês que marca o início da pandemia de covid-19 no país, e dezembro de 2021, último mês com dados disponíveis, foram 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro e estupro de vulnerável de vítimas do gênero feminino”, informa.

O levantamento destaca que a violência contras as mulheres segue como um dos principais obstáculos ao empoderamento feminino e fala da importância de “políticas públicas capazes de preservar e garantir condições básicas de vida para meninas e mulheres, livres da violência endêmica que continua a atingi-las”.

A FASUBRA Sindical sempre combateu todos os tipos de violência e formas de opressão, além de defender as minorias. A Coordenação da Mulher Trabalhadora reforça a necessidade de intensificar a luta contra uma sociedade machista, misógina e que despreza as mulheres, além de iniciativas pela eliminação da violência contra as mulheres e a busca pela igualdade de direitos em diversos setores.


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