Trabalhadores realizam ato contra a reforma da Previdência e discutem jornada de lutas

17:47 | 21 de fevereiro de 2019

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro entregava a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência à Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (20) pela manhã, a classe trabalhadora resistia e realizava ato na praça da Sé, em São Paulo, durante a Assembleia Nacional em Defesa da Previdência e Contra o Fim da Aposentadoria. Conforme as centrais sindicais, cerca de 10 mil trabalhadores e trabalhadoras protestaram na capital paulista. Nos estados também foram realizadas manifestações contra a proposta de reforma.

Coordenadores da FASUBRA Sindical participaram do ato e rechaçaram a proposta de reforma, assim como as demais entidades sindicais. A reforma proposta pelo atual governo é polêmica e ainda mais excludente do que a apresentada pelo governo Temer. Estavam presentes os coordenadores(as) Antonio Alves Neto, Melissa Campos, Fernando Maranhão, Mariane de Siqueira, João Paulo Ribeiro, Yghor Alves Barros e Maria Zila Camarão.

De acordo com a PEC, as idades mínimas passam a ser de 61 anos para homens e 56 anos para mulheres, sendo que as idades passam a subir a cada ano, após a aprovação da reforma, até alcançar os 65 anos para homens e 62 para mulheres, tanto para a iniciativa privada quanto para os servidores públicos. O tempo de contribuição no serviço público será de, no mínimo, 25 anos, com 10 anos no funcionalismo e 5 anos no cargo para se aposentar com 60% do salário. Para receber o salário integral o tempo será de 40 anos de contribuição.

Os servidores públicos que ganham salários acima de R$ 5.839,45 terão de contribuir mais para se aposentar do que os trabalhadores da iniciativa privada. A alíquota atual de 11% da contribuição previdenciária será aumentada, sendo que o cálculo será feito com base no valor exato do salário. Confira no link abaixo a íntegra da proposta.

Resoluções aprovadas na Assembleia

Na Assembleia Nacional desta quarta-feira foram estabelecidas algumas resoluções, entre elas estão: a criação do calendário de lutas conjunto em defesa da Previdência Pública e contra o fim das aposentadorias; aproveitar o espaço de grandes atos, como o dia Internacional da Mulher, no dia 8 de Março, e o dia do Trabalhador, no dia 1º de Maio, para defesa da Previdência; ampliação da atuação sindical no Congresso, intensificando a interlocução com os parlamentares e com a Frente Paramentar Mista em Defesa da Previdência Social; o movimento dos trabalhadores e suas entidades (centrais, confederações, federações e sindicatos) devem construir uma ampla frente para derrubar nas ruas, na sociedade civil organizada e no Congresso Nacional as propostas de reforma; entre outros aspectos.

Reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social

Ainda na quarta-feira (20), representantes da FASUBRA Sindical, líderes sindicais, de movimentos sociais e parlamentares discutiram pontos do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 durante reunião da frente, realizada na Câmara dos Deputados. No dia 20 de março, no Auditório Nereu Ramos, será realizado o relançamento oficial da frente. Representando a FASUBRA estavam as coordenadoras Luciene Mafra de Vasconcelos, Maria Tereza Fuji, Rosângela Costa e Maria Ângela Costa.

Veja as resoluções das centrais sindicais.

Confira fala da coordenadora da Seguridade Social da FASUBRA Sindical, Mariane de Siqueira.

Proposta de reforma da Previdência na íntegra.

Foto em destaque: CSP Conlutas.  

 

Tag: , , , , ,

Categorizados em: