Terceirizados – Greve no hospital de clínicas da Universidade Federal do Paraná alcança 80% dos trabalhadores

19:56 | 8 de junho de 2016

 

Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas em crise correm o risco de fechar as portas.

Os trabalhadores da Fundação Universidade Federal do Paraná (Funpar) lotados no Hospital de Clínicas (HC) regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), deflagraram greve no dia 06 de junho, por não receberem proposta na data base da categoria.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no estado do Paraná (Sinditest-PR), a adesão à greve alcançou 80% dos trabalhadores que reivindicam a reposição das perdas inflacionárias calculadas em 20,16%.

A comissão de negociação patronal, representada pelo advogado da Fundação Luiz Antonio Abagge, apresentou por telefone a proposta de 5,2% em caráter não oficial, após o envio da pauta de reivindicações no dia 13 de abril. Em audiência pública no Tribunal Regional do Trabalho na terça-feira, 07, o Ministério Público do Trabalho -PR apresentou o mesmo índice proposto pela     fundação e a possibilidade de retomar as negociações em dois meses.

Proposta não cobre a inflação

Cerca de 300 trabalhadores reunidos em assembleia na manhã desta quarta-feira, 08, no auditório do anexo B do Hospital de Clínicas, aprovaram a continuidade da greve porque a proposta de 5,2% não cobre a inflação. A categoria vai apresentar uma contraproposta de 12%, baseada na inflação do período (2016/2017) mais um terço de perdas à comissão de negociação patronal.

Amanhã, 09, será realizado o Ato “Arraiá da Greve” pela categoria em frente ao Hospital de Clínicas.

A FASUBRA Sindical apoia a luta dos trabalhadores terceirizados da Funpar/HC até a vitória.

Crise nas UTIs

As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas (neonatal, pediátrica e coronariana) em crise, correm o risco de fechar as portas. Segundo informações do Sinditest-PR, o Conselho Regional de Medicina (CRM) realizou uma fiscalização após denúncias de pacientes e trabalhadores e encontrou diversas irregularidades no hospital como a falta de funcionários, materiais e medicamentos. Na manhã de ontem, 07, o CRM enviou indicativo de interdição das unidades, o HC tem até 120 dias para regularizar a situação e normalizar o atendimento.    

Segundo matéria divulgada no site do Sinditest-PR, a assessoria jurídica do sindicato observou que “o hospital não tem obedecido critérios básicos previstos em lei para o bom funcionamento e garantia de atendimento de qualidade”.

Para a FASUBRA, a instituição da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) nos Hospitais Universitários não mudou nada. “Há uma forte indignação da categoria com o governo de Dilma Rousseff e também com o governo interino de Michel Temer”.

Com informações e foto: Sandoval Matheus, Assessoria de Comunicação do Sinditest-PR

Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical

 

 

 

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