Sindicatos e confederações de trabalhadores criticam reforma da Previdência
Segundo a FASUBRA, “com o fantasma da reforma da previdência, temos uma enxurrada de pedidos de aposentadoria nas instituições federais”.
A FASUBRA Sindical participou da audiência pública realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a contabilidade da Previdência Social no Senado Federal, na última quarta-feira, 14. Presidida pelo senador Paulo Paim (PT/RS), a comissão ouviu as considerações de sindicatos e confederações de trabalhadores sobre como a reforma da Previdência pode impactar o futuro da aposentadoria e benefícios. A Federação foi representada pelo coordenador Mozarte Simões.
Para a Federação, não há dúvidas de que há algo orquestrado contra a classe menos favorecida no Brasil, desde a reforma do ensino médio, a qual não houve discussão com a sociedade e os órgãos que compõem o Fórum Nacional de Educação (FNE).
A FASUBRA denunciou a destituição do FNE de entidades que representam a sociedade civil, federações e sindicatos pelo Ministério da Educação. “Por que será que não querem discutir educação com esses órgãos que trabalham com a educação?”
Em continuidade aos ataques à classe trabalhadora o governo ilegítimo de Michel Temer propôs as Reformas Trabalhista e Previdenciária, “a toque de caixa, que também vai onerar o trabalhador”.
O coordenador da Federação também denunciou a repressão do Estado contra a manifestação no dia 28 de abril. “Fomos atacados com bombas, tiros, balas de borracha, helicópteros atirando bombas, parecia um filme de guerra, porque estávamos reivindicando ser ouvidos. Parece-me que no Brasil, reivindicar é crime, querer participar de debates e discussões para a melhoria do país. Parece que a população neste momento é excluída”.
Aumento de aposentadorias
Segundo a Federação, todo servidor público que ingressou depois de 2003 não se aposenta mais integralmente. “Mas aí o governo fundou a Funpresp (fundo de pensão) que está tendo uma baixíssima adesão. Com o fantasma da reforma da previdência, temos uma enxurrada de pedidos de aposentadoria nas instituições federais”.
Na ocasião, a FASUBRA apresentou um estudo da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publicado na revista Carta Capital sobre a dívida das empresas de deputados e senadores de 372 milhões ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “O que chama atenção é legislar em causa própria fazendo leis para autobenefício. Nós que lutamos nos movimentos sindicais acreditamos que não é justo pagar a conta. Regras mais justas para todos”, se referindo à dívida dos parlamentares.
O coordenador também lembrou que parte dos trabalhadores que fariam o saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não puderam sacar, porque diversas empresas não realizaram o depósito.
Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical
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