Repressão policial impede manifestações de trabalhadores da USP contra proposta de ajuste fiscal
Teto de gastos é aprovado na universidade ignorando as manifestações da comunidade acadêmica.
Nesta terça-feira, 07, trabalhadores, estudantes e docentes da Universidade de São Paulo (USP) realizaram um ato público em defesa da instituição, no campus Butantã e foram duramente reprimidos pela Polícia Militar (PM) do estado de São Paulo.
Promovido pelo Fórum das Seis Entidades, constituído pelas entidades sindicais e estudantis da USP, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Centro Paula Souza, o ato reuniu centenas de pessoas.
A manifestação contra a proposta de ajuste fiscal que determina a restrição de reajuste de salários ou benefícios, contratações e a exoneração dos servidores não estáveis e a possibilidade de demissão de servidores estáveis, terminou em violência policial.
O documento “Parâmetros de sustentabilidade da Universidade de São Paulo” enviado pelo reitor Marco Antonio Zago, foi aprovado pelo Conselho Universitário e entrará em vigor a partir de 2022.
De acordo com a assessoria de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (SINTEPS), cerca de 20 pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao hospital universitário, quatro foram detidas após a ação da PM.
Em nota, o Fórum das Seis responsabilizou a gestão do atual reitor pela repressão sofrida por meio da tropa de choque à comunidade universitária. “O uso de bombas de gás e balas de borracha, assim como o espancamento de pessoas desarmadas, foi o desfecho de um dia marcado por ações intimidatórias e provocativas perpetradas pela PM desde as primeiras horas da manhã”, afirma o documento.
Também repudiaram veementemente as ações da PM que, “sob o patrocínio da Administração Central da USP, aviltaram o direito de livre manifestação e violentaram a autonomia de uma das universidades mais importantes do país impediu”.
Fotos: Fórum das Seis
Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical
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