Plenária discute estratégias para enfrentar os ataques à categoria

14:04 | 9 de dezembro de 2018

O segundo dia da Plenária Nacional da FASUBRA, realizada neste sábado (8) na Faculdade de Ciências da Saúde da UnB, iniciou com os informes de base. Os delegados falaram sobre as ações promovidas recentemente, as pautas internas das Universidades e as principais lutas dos técnico-administrativos, como a retirada das 30 horas, o ponto eletrônico, o problema da insalubridade, a mordaça na Educação, entre outras questões.

No período da tarde, os coordenadores fizeram a análise de conjuntura política e discutiram as estratégias que serão adotadas em 2019 para o enfrentamento das ameaças à categoria. Um representante de cada uma das forças da Federação fez a avaliação de conjuntura, foram eles: Toninho, José Maria Castro, Rosângela Costa, João Paulo Ribeiro e Valdenice Ribeiro. O fortalecimento da unidade foi consenso entre os coordenadores.

Toninho, coordenador geral da FASUBRA, fez uma avaliação de conjuntura nacional e internacional. “Estamos diante de um cenário que não tem sido fácil para o conjunto dos trabalhadores e tem a ver também com a disputa do mercado internacional. Vemos um momento de efervescência e turbulência na América Latina e o Brasil está colocado de forma subserviente a essa política internacional, seja política, social ou economicamente” destacou.

Para Toninho, deve ser aprovado um calendário central de lutas. “Diante desse quadro, temos os ataques de desmonte dos direitos sociais da população, em especial do serviço público, e precisamos buscar a unidade dos trabalhadores porque as reformas estão colocadas. É fundamental também a defesa das Universidades Públicas do nosso país e da democracia. Devemos aprovar um calendário conjunto de lutas”, ressaltou.

José Maria fez uma retrospectiva do processo pré-eleitoral até o resultado final. “Estamos aqui para definir o rumo do nosso movimento após as eleições. Precisamos sair dessa plenária fortalecidos e unificados para enfrentar esse governo, além de avançar na nossa organização”, disse.

Rosângela Costa destacou que é necessário a união de todos os trabalhadores(as). “Estamos vivendo um momento difícil e se faz necessário a construção de uma unidade entre nós: trabalhadores e trabalhadoras, do movimento social, e de todos os setores do serviço público e do serviço privado. Portanto, a nossa tarefa é muito maior do que organizar nossa categoria para o enfrentamento. É a unidade na luta de classes e a solidariedade que vamos exercitar a partir de agora”, afirmou.

O coordenador João Paulo afirmou que a categoria deve se preparar para um enfrentamento maior e momentos mais duros. “A luta é pela democracia e pelas Universidades Públicas. É muito importante a gente participar de fóruns internacionais para denunciar o que está acontecendo e aumentar nossa resistência. Há um retrocesso na América que não é divulgado”, analisou.

Valdenice Ribeiro falou sobre o retrocesso nas conquistas da categoria. “Vamos enfrentar um governo de extrema direita e temos que ir para a ofensiva porque esse governo vai atacar o movimento sindical. Hoje é necessário a unidade de todos os setores que querem lutar contra o governo eleito”, disse.

Homenagem

Na abertura do segundo dia, a plenária fez um minuto de silêncio em memória aos colegas que faleceram recentemente e que ajudaram na luta.

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