Plenária das centrais sindicais aprova manifesto e plano de ação
As oito centrais sindicais do país: CGTB, CSB, CSP Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical e NCST promoveram nesta terça-feira (26) a “Plenária em Defesa dos Serviços Públicos Municipais, Estaduais e Federais, do Brasil e dos Trabalhadores”, no Teatro do Sindicato dos Bancários, em Brasília/DF. Representantes de entidades sindicais de todas as esferas e parlamentares participaram da plenária.
Foi aprovado um manifesto contra as privatizações, a retirada de direitos dos trabalhadores(as) e os ataques aos servidores públicos, além de um plano de ação unificado para os próximos meses que prevê, entre outras medidas, a discussão da necessidade de uma greve geral no país. Ao final da plenária representantes sindicais e parlamentares realizam um ato político criticando a venda de grandes estatais e o desmonte do Estado.
No manifesto, as centrais destacam que o “governo Bolsonaro quer destruir tudo que é público, quer acabar com o SUS, entregar a Educação para empresas privadas, privatizar os Correios e tantas outras empresas estatais que devem estar à serviço de atender com qualidade a população trabalhadora”. O documento informa que as Medidas Provisórias lançadas nas últimas semanas não combatem privilégios e buscam, mais uma vez, retirar direitos, precarizar as condições de trabalho e manter o desemprego.
“O governo ataca nossos sistemas de saúde e ensino públicos e gratuitos, retiram direitos, querem acabar com a estabilidade dos servidores públicos para transformar a educação e a saúde em mercadorias, em serviços privados pagos, para beneficiar apenas que tem capital e que pode transformar esses setores em lucrativo negócio para os seus interesses”, afirma o manifesto.
Calendário de Lutas
O plano de ação prevê já para a próxima semana, de 2 a 6 de dezembro, uma campanha de agitação e panfletagem contra a MP 905, as PECs 186, 187 e 188 e o Pacote de ajustes do Guedes.
No dia 12 de fevereiro de 2020 está agendada uma atividade no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados e no dia 8 de março a orientação é reforçar o Dia Internacional das Mulheres.
O dia 18 de março foi escolhido como uma data nacional de paralisação, mobilização, protestos e greves.
Greve de 48 horas da Educação
A FASUBRA Sindical participou da plenária e destacou que os técnico-administrativos(as) em educação estavam realizando greve de 48 horas, nesta terça (26) e quarta-feira (27), contra o Future-se, os ataques do ministro da Educação e em defesa da Universidade Pública. “A base da FASUBRA não está participando desse ato porque ousamos, em um momento difícil, chamar nossa base para uma greve de 48h”, disse o coordenador-geral Antonio Alves Neto.
Toninho concordou com representantes de outras entidades reafirmando que está em curso no país o fechamento do regime democrático. Ele citou como exemplo o lançamento de um partido ainda mais à direita e as recentes declarações do economista Paulo Guedes sobre o AI-5. “Além disso, o ministro da Educação não tem nenhuma competência para o cargo que conduz e continua atacando as Universidades Públicas com mentiras, dizendo que as Universidades são espaço para produção de drogas. Querem entregar o nosso patrimônio, que é a educação pública desse país”.
Na opinião do coordenador-geral da FASUBRA Sindical, a plenária das centrais foi o pontapé do processo de mobilização que será realizado em 2020. “A tarefa principal aqui é que as centrais busquem a unidade, apontem um calendário e coloquem os trabalhadores(as) na rua, pois é na rua e na luta que a gente se encontra”.
Pela FASUBRA também estavam presentes os coordenadores Moacir Côrtes e Márcia Abreu.
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