#OCUPA BRASÍLIA – Milhares de manifestantes em Brasília levam Temer ao desespero, que responde com ação violenta da PM e convocação das Forças Armadas

14:46 | 25 de maio de 2017


 

Cerca de 150 mil pessoas  ocuparam a capital federal contra as reformas e pelo FORA TEMER.

 

Na manhã histórica de quarta-feira, 24, milhares de caravaneiros de todo o país se encontraram no estacionamento do Estádio Mané Garrincha em Brasília – DF, para o Ato OCUPA BRASÍLIA. Convocado pelas centrais sindicais, o ato reuniu cerca de  150 mil manifestantes, entre os quais, técnicos administrativos em educação de instituições federais e estaduais de ensino, organizados pela FASUBRA Sindical.

 

 

O protesto era contra as propostas de Reforma da Previdência (PLC 30/17) e Trabalhista (PL 6787/16)  e pelo FORA TEMER diante da crise política instalada após a publicação das investigações da Polícia Federal, de corrupção envolvendo o grupo JBS, o presidente ilegítimo Michel Temer e outros parlamentares.

 

Marcha pela Esplanada

A marcha, iniciada às 12h, saiu do estádio Mané Garrincha seguindo pelo Eixo Monumental sentido Congresso Nacional. Milhares de servidores públicos, trabalhadores TAE e docentes, estudantes, professores, movimento indígena, sem terra e sem teto realizaram uma das maiores marchas dos últimos tempos. Com bandeiras, camisetas e bonés personalizados, faixas, trio elétrico e palavras de ordem, avançaram para a Esplanada dos Ministérios.

 

 

 

A FASUBRA Sindical, com seu reconhecido ativismo, levou 1.700 trabalhadores técnico-administrativos em educação de instituições federais de ensino de todo país.

 

Repressão violenta

A manifestação, recebida por bombas de gás, spray de pimenta e balas de borracha pela tropa de choque e cavalaria da polícia militar do Distrito Federal, se deparou com um congresso sitiado, cercado por grades e enorme contingente policial.

 

 

 

A truculência da polícia fez diversos feridos. Imprensa e manifestantes foram atacados; houve, inclusive, disparo de arma de fogo. O cenário de guerra era surreal. Enquanto líderes sindicais que estavam no trio elétrico em frente ao congresso pediam para os policiais não atirar contra a multidão, eram completamente ignorados. Helicópteros da polícia também foram utilizados, complementando todo o aparato repressivo contra uma multidão desarmada, sem condições de defesa.

 

 

 

 

Governo chama Forças Armadas

Após ataque da polícia aos manifestantes e o confronto ampliado, , a marcha foi dispersada com a notícia de que o presidente ilegítimo Michel Temer havia solicitado a intervenção das Forças Armadas.

 

De acordo com o jornal Correio Braziliense, foram convocadas dez companhias com 1.200 homens do Exército. Tropas da Marinha e Aeronáutica também foram colocadas em prontidão..

 

Para a FASUBRA, a convocação das forças armadas contra a população civil, configurando  o estado de sítio na capital federal, é uma demonstração de desespero de quem está sendo deposto pelas ruas, que não se calam diante das reformas anti sociais e da corrupção. “De nossa parte, torna-se necessário intensificar a resistência e preparar a greve geral de 48 horas, em conjunto com as centrais.”

 

Feridos

O Hospital de Base atendeu 50 pessoas, das quais 30  eram manifestantes; alguns correm riscos de perder membros, ter cegueira permanente, dentre outras sequelas dos ataques.. Uma pessoa foi baleada por arma de fogo e socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), além de sete detenções.

 

 

Imprensa

De acordo com a Federação, como é de praxe, a “grande mídia” brasileira foi  totalmente parcial na cobertura das manifestações e tentou, mais uma vez, criminalizar o movimento. As manchetes são lamentáveis e , em nenhum momento destacam a marcha  pacífica, grandiosa, de 150 mil pessoas. A brutalidade da PM contra os participantes, a maioria pacífica e desarmada, também não foi retratada.

 

Para a FASUBRA, o interesse público perde mais uma vez sua essência. “O jornalismo de utilidade pública e cidadão há muito deixou de ser. A formação de consciência e opinião é limitada e não convida à reflexão”. O interesse dos poderes deste país é manter uma população binária, incentivada a não pensar, apenas aceitar os fatos para continuar sendo massa de manobra. Aqueles que estão fora desta linha são considerados reativos. Assim, os 500 anos de escravidão permearão no subconsciente de um povo que ainda não descobriu ser livre.

 

Atualizado às 8h41 – 29/05/2017

Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical

 

 

 

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