Nota de repúdio: ataques sucessivos à Educação agridem educadores
Os trabalhadores e trabalhadoras em Educação anunciam greve geral a partir do dia 15 de maio em todo o país contra os retrocessos e ataques do governo Bolsonaro ao setor. E o governo não para. Na última semana, as declarações tanto do presidente quanto do ministro da Educação, Abraham Weintraub, não agradaram educadores, entidades acadêmicas e entidades sindicais, entre elas a FASUBRA.
Nota de repúdio conjunta da Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (Anpof) e assinada por outras 27 associações de pesquisadores de áreas de humanidades, como ciências sociais, educação, jornalismo, religiões, cultura e psicologia, destaca que “as declarações do ministro e do presidente revelam ignorância sobre os estudos na área, sobre sua relevância, seus custos, seu público e ainda sobre a natureza da universidade”.
“O ministro e o presidente ignoram a natureza dos conhecimentos da área de humanidades e exibem uma visão tacanha de formação ao supor que enfermeiros, médicos veterinários, engenheiros e médicos não tenham de aprender sobre seu próprio contexto social nem sobre ética, por exemplo, para tomar decisões adequadas e moralmente justificadas em seu campo de atuação. Ignoram que os estudantes das universidades públicas, e principalmente na área de humanidades, são predominantemente provenientes das camadas de mais baixa renda da população. Ignoram, por fim, a autonomia universitária, garantida constitucionalmente, quando sugerem o fechamento arbitrário de cursos de graduação”, diz a nota.
No último sábado (28/04), o presidente Bolsonaro divulgou em uma rede social um vídeo de uma professora em sala de aula, filmado por uma aluna, seguido da frase: “Professor tem que ensinar e não doutrinar”. Ao comentar o episódio ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Educação disse que filmar professores em sala de aula é um direito dos alunos porque se trata “da liberdade individual de cada um”.
A FASUBRA Sindical se junta às Instituições contra os sucessivos ataques à Educação e reforça sua defesa por uma educação pública, democrática, gratuita e de qualidade.
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