Nota de apoio da FASUBRA à João Pedro Stédile e de repúdio às ações reacionárias e de intolerância

16:40 | 30 de setembro de 2015

 

A Direção Nacional da FASUBRA (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), comprometida com a luta pela Reforma Agrária e com a construção de um Brasil justo, sem desigualdades sociais, com tolerância política e democracia, vem por meio desta nota prestar solidariedade ao companheiro João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que na noite do dia 22 de setembro, foi vítima de aproximadamente 30 pessoas reacionárias, conservadoras, que proferiu gritos de ódio e de diversos xingamentos na saída do Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza – Ceará. 


Essa ação foi orquestrada por setores do empresariado de Fortaleza-CE, vinculados ao Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB, e expressou o que há de mais conservador e retrógrado na sociedade brasileira: um ódio de classe, antigo e anacrônico, muito semelhante ao do fascismo.


Não à toa, o grupo de reacionários que realizou esta ação é o mesmo que tem reivindicado nas ruas de Fortaleza, de forma conservadora e agressiva, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a intervenção militar no país rompendo e retrocedendo com a democracia restrita que existe no país.


Estes reacionários utilizam-se dos símbolos nacionais e se dizem patriotas, mas na verdade não são! Pois são favoráveis a venda dos nossos recursos naturais às empresas estrangeiras, como no caso da Petrobrás. Se dizem contra a corrupção, mas são assíduos defensores do financiamento empresarial de campanhas eleitorais e ainda hoje lastimam a decisão do STF. 


Temos convicção de que a agressão sofrida pelo companheiro Stédile, não se limita a um ataque individual, ou somente ao MST. Como bem expressou a Direção Nacional do MST, este episódio não é um fato isolado, mas sim um reflexo do atual momento político pelo qual passa o país, em que se vê crescer a cada dia o ódio contra os movimentos populares, migrantes e a população negra e pobre, como os recentes acontecimentos no Rio de Janeiro em que a juventude das favelas está sendo impedida, com risco de sofrer agressão, de ir às praias da zona sul da capital fluminense. Esta agressão ao João Pedro Stédile deve ser compreendida como parte de uma ofensiva conservadora da direita na sociedade que busca criminalizar e intimidar todos/as aqueles/as que lutam por um Brasil justo e soberano. 


A luta da FASUBRA em defesa da Educação, Pública, Gratuita e com Qualidade para todas e todos, e em defesa de um Serviço Público de Qualidade, está diretamente vinculada às lutas protagonizadas por diversos movimentos populares no país. Neste sentido, prestamos
solidariedade ao João Pedro Stédile e nos comprometemos a cerrar fileiras na defesa da justiça social, da necessária Reforma Agrária e da participação popular nos rumos políticos e econômicos do país.


Brasília, 30 de setembro de 2015.

 

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