“Nós podemos”! Mulheres de todo o país lotaram o auditório da UnB na abertura do Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora
A primeira mesa com o tema “A Reforma Trabalhista e os impactos no cotidiano das Mulheres Trabalhadoras”, contou com as palestrantes Márcia Teixeira, estudante de filosofia da UnB e Renata Coelho, procuradora do Ministério do Público do Trabalho (MPT).
Trabalhadoras técnico-administrativas de todo o país lotaram o Auditório 3 da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), na abertura do Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora, nesta manhã, 20. Cerca de 150 mulheres participam do encontro nos dias 20 e 21 de maio, que tem como objetivo organizar o movimento feminino da FASUBRA Sindical contra as Reformas da Previdência e Trabalhista.
“Nós podemos”! Esta foi a frase de ordem das coordenadoras Leia Oliveira, Eurídice Almeida, Ivanilda Reis, Angela Maria, Maria Ângela Costa e Maria Loura Silveira, conscientizando as mulheres para unir forças contra as reformas, na abertura do evento.
A primeira mesa com o tema “A Reforma Trabalhista e os impactos no cotidiano das Mulheres Trabalhadoras”, contou com as palestrantes Márcia Teixeira, estudante de filosofia da UnB e militante do movimento MAIS e Renata Coelho, procuradora do Ministério do Público do Trabalho (MPT).
Márcia Teixeira, realizou uma análise sobre a Reforma Trabalhista sob a ótica do modelo Keynesiano fisiológico, que consiste em uma política de redução de gastos sociais colocando o ajuste fiscal sobre a sociedade, inclusive os mais pobres.
“Só a luta de classes consegue ser o contraponto das reformas. A realidade é que somos a maioria e que estamos sendo atacadas. O trabalho de base tem que se ampliar”, disse Márcia.
A procuradora Renata Coelho, afirmou que o negociado sobre o legislado, “de longe é o pior da reforma trabalhista para o Ministério Público do Trabalho”. Segundo Renata, as regras dos direitos sociais só podem avançar. “O negociado sobre o legislado permite que a negociação seja pior”.
Sobre o trabalho intermitente, a procuradora afirmou que “a vida da mulher é de dupla, tripla jornada de trabalho. Mudar uma hora a mais de trabalho já acaba com a vida da família inteira”, justificando as responsabilidades da mulher com a família e o trabalho diante da interferência do aumento e intermitência da jornada na organização do tempo.
A mesa abriu o debate para as mulheres do auditório, com ampla participação e esclarecimentos de dúvidas.
Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical
Categorizados em: Geral