Momento histórico: FASUBRA Sindical fortalece a luta LGBT

17:20 | 17 de maio de 2018

De acordo com a ONG Grupo Gay da Bahia, em 2017 foram registradas 445 mortes de pessoas LGBT no Brasil. É praticamente uma morte a cada 19 horas, por assassinato ou suicídio causados pela “LGBTfobia“. Foram 194 gays mortos, 191 trans, 43 lésbicas, cinco bissexuais e 12 heterossexuais incluídos no relatório da ONG por terem envolvimento com o universo LGBT.  

Para ajudar a acabar com a nefasta cultura machista e LGBTfóbica da nossa sociedade, o XXIII Congresso da FASUBRA (CONFASUBRA), que é a instância máxima de deliberação da Federação, ocorrido em Poços de Caldas, Minas Gerais, aprovou no dia 10 de maio,  por unanimidade, a criação da Coordenação de Políticas LGBT+ da FASUBRA.

A criação da Coordenação de Políticas LGBT+ é um marco na história de lutas da Federação, e foi definido uma semana antes do Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, comemorado no 17 de maio. É um momento histórico porque reafirma a luta da FASUBRA em favor da diversidade, da pluralidade, do respeito às identidades de gênero e às orientações sexuais de todas e de todos.  

Entra para história, também, por reforçar a discussão em torno das questões LGBT dentro das universidades e no movimento sindical. Afinal, a LGBTfobia está presente em todos os espaços: nas instituições de ensino, nos sindicatos, nas repartições públicas, nas empresas, na nossa própria Federação. E só reforçando a política em defesa da comunidade LGBT que poderemos evoluir para uma sociedade que respeite os direitos humanos.  

Entendemos que a criação da Coordenação de Políticas LGBT+ da Fasubra pode e vai contribuir para que as vidas de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e pessoas intersex não sejam apagadas, não sejam assassinadas, nem precisem ter vergonha de serem quem são. 

Vergonha não é ser LGBT. Vergonha é ser LGBTfóbico.   

Por uma Fasubra cada vez mais LGBT!       

Coordenação de Políticas LGBT+ da Fasubra  

Texto contribuição de Bia Cardoso. 

“Em 17 de maio de 1990, a Assembléia Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou e oficializou a retirada do Código 302.0 (Homossexualismo) da CID (Classificação Internacional de Doenças), e declarou oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio”. Desde 1948, a OMS classificava a homossexualidade como um transtorno mental. Neste período, usava-se o termo “homossexualismo” para referir-se à orientação sexual de uma pessoa. Vale ressaltar que o sufixo “ismo” significa “doença”, uma “patologia”. A partir deste fato histórico, o Movimento LGBT Mundial tem priorizado a propagação mundial do termo “homossexualidade” em vez de “homossexualismo”. Para reduzir o uso inadequado e preconceituoso de terminologias que afetam a cidadania e a dignidade de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros, acesse o Manual de Comunicação LGBT, organizado pela ABGLT. 

A partir dessa decisão da OMS, o dia 17 de maio tornou-se uma data simbólica e histórica para o Movimento LGBT Mundial. Desde então, a comunidade científica internacional se opõe a todas as abordagens que consideram a homossexualidade como uma enfermidade que deva ser “curada”. É um dia de promoção de eventos visando a conscientização política, despertando a atenção da população, das autoridades e gestores públicos para a necessidade urgente de combater e erradicar a homofobia, em suas mais diferentes formas de manifestação e ação: homofobia, lesbofobia e transfobia. No Brasil haverão diversas atividades e eventos no dia 17. E no dia 18 de maio.  Leia a íntegra do Manifesto da II Marcha Contra a Homofobia 

Coordenação Eleita de Políticas LGBT+ da Fasubra 

Wellington Pereira e João Paulo Ribeiro 

GT LGBT+da Fasubra 

*Com apoio da Ascom/Sintufes 

Atividades em Brasília  

Aliança Nacional LGBTI+, a rede Gay Latino e parceiros informam o lançamento do Manual de Comunicação LGBTI+. Brasília DF, ocorrido no 16/05/2018, no Senado Federal – Sala de Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa – Anexo II – ala Senador Nilo Coelho. 

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