Ministro Milton Ribeiro pede demissão após escândalo do Bolsolão do MEC
O ministro da Educação e pastor ultraconservador, Milton Ribeiro, pediu exoneração nesta segunda-feira (28/03), após uma semana do escândalo da farra com recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) para favorecer pastores, a pedido do presidente Bolsonaro. Ribeiro não aguentou a pressão de diversos setores, parlamentares, entidades da Educação, entre elas a FASUBRA Sindical, além da instauração de inquérito pela Polícia Federal (PF) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Apenas no governo de Bolsonaro, Milton Ribeiro já é o quarto ministro à frente da Educação. Na carta de demissão, afirma que seu “afastamento do cargo de Ministro, a partir da minha exoneração, visa também deixar claro que quero, mais que ninguém, uma investigação completa e longe de qualquer dúvida acerca de tentativas deste Ministro de Estado de interferir nas investigações”.
Mesmo com a demissão, servidoras, servidores da educação e estudantes realizam ato em frente ao MEC, nesta terça-feira (29/03), às 11h, para cobrar a investigação do envolvimento de Bolsonaro no esquema de corrupção do “Gabinete Paralelo”.
O ato é organizado pelas entidades FASUBRA, ANDES, SINASEFE, UNE, UBES e ANPG. Após o protesto terá uma coletiva de imprensa com representantes das entidades. Na avaliação do movimento, Bolsonaro também deve ser investigado, já que foi diretamente citado no áudio vazado pelo jornal Folha de São Paulo. Para a FASUBRA Sindical, o ministro já vai tarde! É inaceitável corrupção no Ministério que deveria ser o mais estratégico do país.
A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) e assinado pelo presidente Bolsonaro. No lugar do pastor, assume interinamente o secretário-executivo Victor Godoy Veiga.
Veja a carta na íntegra: https://bit.ly/35lIXUU
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