MARÇO: MÊS DE LUTA DAS MULHERES

, 16:16 | 8 de março de 2024

Nesta sexta-feira, 8 de março, a coordenação do SINTFUB UnB promoveu um café da manhã seguido de debate sobre a situação da mulher, a importância da participação política e sindical, particularmente neste momento de luta e mobilização da nossa categoria, e pelo fim do genocídio na Palestina, que tem entre as mulheres suas principais vítimas.

A Coordenação da Mulher Trabalhadora da FASUBRA Sindical, composta por Rosângela Costa e Bianca Zupirolli estiveram presentes no evento, que também contou com a participação de Elza Noronha, superintendente HUB/ENSERH, Eliene Novaes, presidenta da ADUnB, a professora Olgamir Amância, representando a reitoria da UnB, além de Carol Voigt, com uma apresentação musical.

Também esteve no evento a Deputada Federal, Érika Kokay (PT-DF), que tratou da questão do assassinato de mulheres, o feminicídio. Thaisa Magalhães, da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-DF fez uma saudação às servidoras da UnB destacando a importância de eventos no 8 de Março e da discussão da questão das mulheres no dia a dia do movimento sindical.

O Dia Internacional das Mulheres, 8 de março, é um dos momentos mais importantes do calendário global no mês de março. A data, criada em 1917 para a celebração da luta pelos direitos das mulheres, é um marco essencial para o reconhecimento e fortalecimento do feminismo e, portanto, da luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Mas esta data só foi oficializado em 1975, mais de 60 anos após sua criação, em uma assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU).

A ideia de encontrar uma data para celebrar a luta feminista tem várias origens. Alguns pesquisadores defendem que a sugestão, no século 19, nas primeiras etapas da Revolução Industrial. Outros defendem que a data nasceu no estopim da Revolução Russa, em 1917, motivada pela luta das mulheres russas por melhores condições de vida, trabalho e o fim da Primeira Guerra Mundial.

De todas as teorias, a mais aceita é que a data nasceu após uma conferência na Dinamarca em busca de direitos igualitários, em 1910, e foi consolidada por um histórico incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, no ano de 1911. Em 1909, dois anos antes do incêndio, as mulheres nova-iorquinas  que trabalhavam na fábrica têxtil haviam feito uma greve, reivindicando melhores condições de trabalho e o voto feminino. Em conjunto com os nascentes sindicatos e com o Partido Socialista da América, elas se reuniram em uma passeata que reuniu cerca de 15 mil mulheres. A fábrica, na época, recusou as reivindicações.

Um ano mais tarde, em 1910, esse movimento inspirou Clara Zetkin, famosa ativista alemã, a criar uma data anual para comemoração da luta das mulheres nas conferências de mulheres da Internacional Socialista, em Copenhague. O dia, no entanto, acabou não sendo definido.

Em 1911, mesmo diante de greves e manifestações, a Triangle Shirtwaist Company ainda mantinha suas funcionárias — maior parte de sua força de trabalho —, em uma jornada de trabalho de cerca de 14 horas ao dia, em semanas que ultrapassavam as 60 horas — e eram remuneradas com 6 a 10 dólares. Além da redução dessa jornada, as trabalhadoras também buscavam mais segurança no ambiente de trabalho, que tinha risco de incêndio por tecidos inflamáveis.

Em 25 de março daquele ano, a reivindicação das mulheres se tornou inegável e justificada: A fábrica pegou fogo naquele dia e, dos 600 funcionários, 146 pessoas morreram, sendo 23 homens e 129 mulheres. Diante da fatalidade das trabalhadoras, o mês de março ficou marcado na história como uma conscientização do desastre.

No dia 8 de março de 1917, milhares de russas se reuniram em uma passeata pedindo os direitos para o gênero feminino, bem como o fim da guerra e do desemprego. Assim, nos anos seguintes, o Dia das Mulheres continuou a ser celebrado naquela data pelo movimento socialista, na Rússia e nos demais países do bloco soviético.

Décadas mais tarde, a luta feminista seguiu ativa, cada vez mais forte e presente: o direito ao voto se consolidou, as leis cresceram e se adequaram, assim como a sociedade como um foto. Mas foi só em 1975, no entanto, que a ONU reconheceu a data  como uma celebração dos direitos do gênero feminino e estabeleceu, então, que o dia 8 de março seria o Dia Internacional das Mulheres.

Hoje, o evento é comemorado por mais de 100 países como um momento dedicado à luta pela igualdade de gênero, para celebrar as conquistas, cobrar direitos e relembrar as mulheres que foram vítimas de violência.

É hora de tomar as ruas do país com as reivindicações das trabalhadoras do serviço público brasileiro.

Dia 8 de março, ocuparemos as ruas contra o golpismo, pela reestruturação de carreira e reajuste já, pelo fim dos assédios institucionais e toda forma de violência contra a mulher. É pela vida das mulheres!

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