FASUBRA unida contra a repressão ao movimento grevista!

19:00 | 5 de maio de 2014

Desde a deflagração da greve no dia 17 de março, o movimento tem se deparado com várias atitudes de dirigentes nas Instituições de Ensino, em uma franca demonstração de despreparo para a convivência democrática e respeitosa na comunidade acadêmica.

Na UNB os trabalhadores que participavam de um café da manhã, foram surpreendidos pelo reitor, que interrompeu a atividade com agressividade, chutando e quebrando uma cadeira, conforme relato dos companheiros que participavam do evento. O reitor já havia se destacado pela atitude hostil ao movimento paredista, mas, essa seria a primeira vez que o magnífico agiu com tanta grosseria e violência.

Já na UFPR, continua o trabalho para reverter os episódios de arbitrariedade, abuso de poder e cerceamento de direitos protagonizados pela Procuradora do MPF, pelo Reitor e pelo Diretor-Geral do Hospital das Clínicas ( HC).

Em Curitiba houve a cassação do direito de greve, incluindo o corte de ponto e ameaças de instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os trabalhadores do HC em greve. O recurso e o agravo de instrumento apresentados pela assessoria jurídica do Sinditest-PR já estão sendo avaliados, tanto em nível local, quanto no TRF em Porto Alegre. Esperamos derrubar essa liminar o mais rapidamente possível, para em seguida tomar providências contra o assédio moral e as ameaças que as chefias e gerências já estão praticando dentro do HC. A greve continua no restante da UFPR e nas demais instituições da base do Sinditest.

No Espírito santo os trabalhadores da UFES tiveram que enfrentar o assédio da EBSERH, que ajuizou ação para impedir a comunicação do SINTUFES com a categoria, impedindo a afixação de cartazes ou colocação de faixas,indo ao absurdo de proibir cartazes convocando a assembleia da categoria. A reitoria também recorreu à justiça contra a greve para abrir restaurantes universitários e bibliotecas, além de determinar uma distância mínima a ser observada dos prédios da universidade nas atividades da greve.O reitor também pediu a entrada da Polícia Federal no campus para intimidar os grevistas, os companheiros tiveram que enfrentar os policiais e se defender de acusações inventadas contra o movimento e seus ativistas. Tudo impulsionado pela administração da EBSERH no hospital universitário, que ataca o movimento e busca coibir a luta dos técnicos que foram cedidos para os quadros desta empresa.

Em Palmas, os trabalhadores da Universidade Federal de Tocantins foram alvo de uma intervenção do Ministério Público Federal, que baseado em denúncias de alunos citou o SINTAD-TO exigindo a realização de matrículas e de formaturas, como se fossem serviços essenciais. Mas não é só isso, também estão enfrentando o autoritarismo da reitoria. E lançaram nota de repúdio as tentativas de assédio moral praticado, na Reitoria ou nos Campi, contra os servidores técnico-administrativos. Apesar dos ataques. a greve segue e os trabalhadores continuam na luta e buscam avanços na pauta interna, como a paridade e o cumprimento do acordo firmado pelas 30h.

Na UFVJM houve corte de ponto dos trabalhadores da universidade que estão em greve. Os trabalhadores cobraram o Reitor por esta atitude autoritária, mas o mesmo justificou sua atitude com base no “Comunica da SEGEP” e do Ofício-Circular 26/2014 GAB/SESu/MEC. Ressaltamos, entretanto, que todos os reitores receberam as mesmas determinações e o reitor da UFVJM foi o único a acatar o comunicado, abrindo optando por abrir mão da autonomia universitária e atingir a luta dos trabalhadores.

Apesar dos ataques citados acima, não podemos deixar de lembrar e comemorar as vitórias alcançadas contra a intransigência dos dirigentes, como no caso do IFMG, que em o SINDIFES entrou com pedido de liminar e a justiça impediu o corte de ponto no Instituto Federal. Em seu despacho o juiz afirmou que “não se pode punir com faltas (ou descontos) aquele que faz greve, pois, estar-se-á, de forma oblíqua, a inibir/inviabilizar o exercício do direito de greve, o que, não é permitido pelo texto constitucional.” A decisão também explica que “(…) no caso em destaque, imputar faltas (ou descontos por ausência) aos grevistas, como ocorreu, na espécie, nada mais significa do que “constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho”, funcionando como forma de “frustrar a divulgação do movimento” presentes e futuros, atitudes essas expressamente vedadas em Lei”.

Também não podemos deixar de lembrar que em várias universidades os Conselhos Universitários como os da UFF, UFMS, UFAM, UFOP, UFRPE, UFSC, UFRGS, UFG, UFRJ, UFRB, UFBA, UNILAB e UFPR, já aprovaram moção de apoio à greve, o que demonstra que a atitudes de perseguição não são a regra nas instituições de ensino federal.

A FASUBRA está à disposição de todas as entidades de base para dar suporte na luta contra as arbitrariedades dos gestores das universidades. A greve é um direito e ninguém vai nos impedir de exercê-lo!

O MEDO NUNCA CONQUISTOU DIREITOS!

(CLG UFT)

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