FASUBRA repudia invasão na Embaixada da Venezuela por apoiadores de Guaidó
Coordenadores da FASUBRA Sindical estiveram presentes na Embaixada da Venezuela, na manhã desta quarta-feira (13), em solidariedade ao corpo diplomático venezuelano. Durante a madrugada, a embaixada foi invadida por grupos de apoiadores de Juan Guaidó, autoproclamado presidente. Dentro da Embaixada havia mulheres e crianças. A polícia foi chamada e houve confronto entre manifestantes pró-Nicolás Maduro e apoiadores de Guaidó que foram dispersados por gás de pimenta.
Parlamentares classificaram a invasão como um ato criminoso e de violação do direito internacional. “É um grupo de brasileiros e venezuelanos. As pessoas que fizeram essa invasão estão fardadas, claramente não são representantes do povo, não são representantes diplomáticos. Tudo leva a crer que são pessoas contratadas, milicianos, para fazer essa invasão”, afirmou à imprensa o líder do PT na Câmara dos Deputados Paulo Pimenta (PT/RS). Os deputados Glauber Braga (PSOL/RJ), Maria do Rosário (PT/RS), Érika Kokay (PT/DF) e o senador Telmário Mota (PROS/RR), que é presidente da subcomissão de Relações Exteriores do Senado também estiveram na Embaixada.
A invasão em Brasília expõe a fragilidade da segurança e coincide com o início da XI Reunião do Brics, que ocorre em Brasília hoje e amanhã. O Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em janeiro o Brasil reconheceu Juan Guaidó como presidente venezuelano.
Coordenadores da FASUBRA na frente da Embaixada
A FASUBRA Sindical lamenta o ocorrido e destaca a gravidade do acontecimento que, em sua avaliação, fere a democracia e aumenta as tensões diplomáticas na América Latina.
Ato na Embaixada contra o golpe na Bolívia
Nesta terça-feira (12), a FASUBRA Sindical participou de ato de resistência na Embaixada da Bolívia, ocasião em que estavam presentes movimentos populares, trabalhadores e militantes do “Brics dos Povos”, que se reuniram na Câmara dos Deputados esta semana para um seminário antes da reunião da cúpula, iniciada nesta quarta (13). O ato foi em solidariedade à Evo Morales e ao povo boliviano, após a renúncia à Previdência da Bolívia no último domingo.
Em documento divulgado após o seminário, o Brics dos Povos afirma que “a crise estrutural capitalista, que produz contradições decisivas nas dimensões ambiental, política, social e econômica, se aprofunda. O capital financeiro impõe ao mundo uma nova etapa do neoliberalismo, onde a apropriação do Estado, dos fundos e serviços públicos se soma à privatização dos bens comuns como a água, a terra, a biodiversidade, o ar”.
Veja aqui documento na íntegra.
Foto em destaque: Erick Gimenes/Brasil de Fato
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