FASUBRA repudia a declaração LGBTIfóbica do ministro da Educação

, , 13:01 | 6 de setembro de 2020

Na última quinta-feira (24), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo” que resolver os problemas de acesso a internet não é uma atribuição da Pasta e do governo federal. Para Milton, estados e municípios é que devem garantir o ensino remoto durante a pandemia da Covid-19, o que a FASUBRA Sindical considera um absurdo já que o MEC é o órgão que deve centralizar esse tipo de atribuição.

Na ocasião, o ministro ainda declarou que o “homossexualismo” é causado pela existência de famílias “desajustadas”, demonstrando assim seu preconceito e sua total falta de conhecimento científico, amor ao próximo e empatia.
A palavra “homossexualismo” remete a “doença” por causa do sufixo -ismo. Desde 1973, a Associação Americana de Psiquiatria (APA, sigla em inglês) retirou a homossexualidade (o termo correto para a orientação sexual) da lista de doenças. Depois, o órgão foi seguido por uma série de entidades de saúde. Em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) seguiu as observações dos pesquisadores. No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia também adota essa visão.

Além da fala ser uma associação ofensiva e LGBTIfóbica, a mesma ainda se vale do uso de uma terminologia arcaica, já em desuso, que era utilizada para fazer menção a uma definição que tratava a homossexualidade como uma doença, valendo-se do sufixo “ismo”, utilizado para caracterizar patologias, doutrinas e ideologias.

A FASUBRA Sindical luta em defesa das minorias e contra todo tipo de opressão, preconceito, LGBTIfobia e repudia a visão ultraconservadora do ministro Milton Ribeiro, que é o primeiro pastor à frente da Pasta, o que representa um grande retrocesso para a educação brasileira, já não bastasse os consecutivos ataques ao setor do atual desgoverno, que não respeita a autonomia universitária, promove cortes orçamentários, busca entregar as universidades à iniciativa privada e investe contra os trabalhadores e trabalhadoras.

Estagiária sob supervisão.

Com informações dos portais G1 e Congresso em Foco.

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