FASUBRA reforça luta contra violência e morte de LGBTI+ neste dia 17 de maio
O Brasil permanece no topo do ranking de países que mais violentam e matam LGBTQIA +. Um apagão nos dados oficiais e a pandemia da COVID -19, no entanto, levaram o país a registrar menos mortes em 2020, representando uma queda de 28% em relação 2019. Os dados são do relatório “Observatório das Mortes Violentas de LGBTI+ No Brasil – 2020”, realizado pelo Grupo Gay da Bahia e pela Acontece Arte e Política LGBT+, de Florianópolis.
A subnotificação se dá porque o Anuário do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança), que reúne informação sobre a violência no Brasil, não divulgou os índices de agressão, homicídio e estupro ou informou parcialmente. Sem dados oficiais que de fato representem a realidade da violência contra LGBTI+, é difícil criar políticas de segurança públicas efetivas.
Não há o que comemorar no Dia Internacional contra LGBTfobia. De acordo com o “Observatório das Mortes Violentas de LGBTI+ No Brasil – 2020”, no ano passado, 237 LGBT+ (1ésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia: sendo 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%). As travestis ultrapassaram os gays em número de mortes: 161 travestis e trans (70%), 51 gays (22%) 10 lésbicas (5%), 3 homens trans (1%), 3 bissexuais (1%) e finalmente 2 heterossexuais confundidos com gays (0,4%).
A FASUBRA Sindical continua na luta contra todo e qualquer tipo de preconceito e estigma à população LGBTI+. Ações de assédio, humilhação e agressões ferem os direitos de todos os indivíduos. Recentemente, a Coordenação LGBTI+ da Federação realizou um encontro e criou um GT (Grupo de Trabalho) Nacional para debater a violência e adoção de medidas de proteção nas Instituições Públicas de Ensino Superior, entre outros aspectos. O GT se reúne bimestralmente.
Para a coordenação, os espaços sociais e sindicais devem pautar o respeito aos companheiros de orientação homossexual, buscando a efetividade dos direitos conquistados até o momento, além de denunciar qualquer tipo de homotransfobia.
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