FASUBRA reafirma compromisso com a educação pública no lançamento da Conferência Nacional Popular de Educação

15:04 | 21 de junho de 2017

 

“A educação tem que ser a vanguarda, a trincheira em resistência à esse governo ilegítimo e golpista”, declarou a coordenadora.

 

Na noite de quarta-feira, 20, o Fórum Nacional Popular de Educação em resistência aos ataques do governo federal à participação popular nos coletivos que discutem a educação pública, lançou a Conferência Nacional Popular de Educação -Conape 2018.

 

A FASUBRA Sindical, representada pelos coordenadores Leia Oliveira, Roberto Luiz e Neusa Santana participou da solenidade que reuniu diversas entidades da sociedade civil, durante o Seminário Nacional de Privatização e Mercantilização da Educação no Brasil, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

 

Após a composição da mesa, foi realizada a leitura do manifesto que vai abrir o documento referência para o debate da Conape. O regimento interno e orientações para a conferência serão enviados na próxima semana, para organização das etapas que serão realizadas nos municípios e estados.

 

Compromisso

A FASUBRA reafirmou o compromisso com a educação pública, destacou a atuação permanente da Federação nos espaços de discussão sobre modelos que de fato propiciem uma educação pública, de qualidade, democrática e referenciada socialmente.

 

Democratização da educação

Na ocasião, os avanços durante os governos de Lula e Dilma na educação foram lembrados pela coordenadora Leia Oliveira, como o aumento de instituições e vagas, ampliação de acesso às universidades por meio de políticas afirmativas e de permanência e a valorização dos trabalhadores. “Na década de 90, a universidade era aberta para poucos, a universidade de fato se democratizou”, afirmou Leia Oliveira.

 

Retrocesso

A coordenadora comparou a situação das universidades públicas na década de 90 com a atualidade das instituições, que passam por dificuldades devido à ausência de investimentos para manter estruturas básicas de funcionamento. Na oportunidade, Leia denunciou a ameaça de demissão coletiva de 500 trabalhadores terceirizados na área de vigilância e limpeza na Universidade de Brasília (UnB), por falta de recursos para pagar as empresas. “Houve um corte de mais de 40% no custeio da universidade”, afirmou.

 

 


 

 

Ameaça à educação pública

Para a FASUBRA, os desafios estão colocados na atual conjuntura e não ameaçam apenas interesses corporativos e dos trabalhadores por meio da reforma da previdência e trabalhista, mas afetam a concepção da educação e, “sem dúvida nenhuma, é através da educação que podemos transformar o país”. A coordenadora alertou sobre a ameaça de privatização da educação e a importância da unidade e resistência dos trabalhadores, começando pela educação.

 

Resistência

A destituição das entidades, que sempre tiveram compromisso com a educação pública do país, segundo a coordenadora, representa um ataque, que deve ter resposta. Para a FASUBRA, a iniciativa da construção do Fórum Nacional Popular de Educação e da Conape 2018 vai demonstrar ao governo, e principalmente à sociedade que, “nós não nos curvaremos a esse ataque à educação pública, à saúde, à soberania e ao desenvolvimento do nosso país”.

 

Leia reafirmou o compromisso da Federação com a educação pública. “contem com a FASUBRA, essa federação aguerrida que tem quase 40 anos e representa cerca de 200 mil trabalhadores técnico-administrativos em educação”.

Ao final, conclamou as entidades a reativar a esperança nas ruas, por meio de mobilizações,  marchas, conscientização da população, para derrotar o governo Temer. “A educação tem que ser a vanguarda, a trincheira em resistência à esse governo ilegítimo e golpista”, declarou a coordenadora.

 

FORA TEMER!

 

 

Entenda o caso

A destituição de algumas entidades do Fórum Nacional de Educação (FNE) pela Portaria nº 577/17 e o Decreto de 27 de abril de 2017 do governo federal, entre as quais a FASUBRA
Sindical, provocou a saída coletiva de outras entidades.

 

O comunicado foi formalizado em audiência pública na Comissão de Educação do Senado Federal. Em resistência, as entidades criaram o Fórum Nacional Popular de Educação e lançaram Conferência Nacional Popular de Educação – Conape 2018.

 

 

Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical

 

 

 

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