FASUBRA participa de marcha em defesa do direito dos trabalhadores

14:41 | 25 de abril de 2013

Milhares de manifestantes vindos de todas as regiões do Brasil realizaram uma grande marcha, no centro de Brasília, nesta quarta-feira (24). Cerca de 20 pessoas marcharam, promovendo diversas lutas e exigências ao Governo Federal.

A FASUBRA contou com a participação massiva dos técnico-administrativos das Instituições Federais de Ensino – IFE’s, para protestar contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A diretoria da FASUBRA destacou a importância da marcha no que tange a luta da Federação em prol da educação e saúde pública: “Estamos unidos para defender um ensino e uma saúde pública de qualidade para a população. Lutaremos sempre para garantir à sociedade tais serviços e com a qualidade necessária”.

Os técnico-administrativos das IFE’s protestaram contra a adesão dos hospitais universitários à EBSERH. A FASUBRA condenou a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. “A EBSERH só tende a acabar com o ensino de saúde do Brasil. E não apenas isso, com o Sistema Único de Saúde também. A FASUBRA irá intensificar ainda mais a luta contra a EBSERH”.

A concentração para a Marcha começou às 7h, no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha. Trabalhadores rurais e da cidade, estudantes, trabalhadores em educação, movimentos de luta dos direitos humanos, indígenas e tantos outros, percorreram o eixo monumental e a Esplanada dos Ministérios, até o Congresso Nacional, onde se reuniram e transformaram o dia 24 de abril de 2013 em um marco na luta pelos direitos dos trabalhadores.

Outro foco de protesto da FASUBRA na marcha foi com relação à reforma da previdência realizada pelo Governo em 2003, que teve como consequência jurídica, a Ação Penal 470.
A Reforma de 2003, implementada pela Emenda Constitucional 41, elevou os critérios de tempo de serviço para a aposentadoria dos servidores públicos, ocasionou a redução de aposentadorias e colocou em xeque a paridade – prevista na Constituição Federal – além de estabelecer a contribuição previdenciária para os trabalhadores do serviço público que percebessem proventos maiores que o teto do Instituto Nacional de Seguridade Social.

Agora, as entidades de trabalhadores do serviço público federal, através de campanha, exigem que a reforma seja anulada com base nas repercussões da Ação Direta de Inconstitucionalidade 470, julgada procedente pelo Supremo Tribunal Federal, inclusive com a punição dos culpados pela manobra política implementada pelo governo à época para que a Emenda Constitucional fosse aprovada.

FASUBRA protocola o resultado do Plebiscito Nacional

Após chegar ao Congresso Nacional, a FASUBRA se dirigiu ao Ministério da Educação para protocolar ofício com o resultado do Plebiscito Nacional (ver documento digitalizado), realizado entre os dias 2 e 19 de abril. O plebiscito, realizado com entidades ligadas a educação e saúde federais, contou com 60.341 votos contra a EBSERH, somente dentro da comunidade universitária. O quantitativo, apesar de bastante satisfatório, ainda pode ser melhor. Diretores da FASUBRA afirmaram que a Federação luta “em defesa da autonomia e da carreira, lutaremos até o último minuto. Conseguimos uma votação favorável, mais ainda vamos aumentar esses 60 mil votos para um milhão”.

Recebidos pelo secretário do ministro da educação, José Henrique Pain, os dirigentes da FASUBRA protocolaram ofício com o resultado do Plebiscito. E pediram ao MEC atenção na voz dos trabalhadores em saúde e educação, que gritam contra a EBSERH.

FASUBRA se reúne com o MEC nesta quinta-feira

Dirigentes da FASUBRA se reunirão com representantes do Ministério da Educação na manhã desta quinta-feira (25), para discutir algumas pautas pendentes como atraso dos grupos de trabalho referentes ao acordo de greve, perseguição aos servidores participantes do movimento sindical, dentre outros temas.

 

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