FASUBRA na luta pela imediata abertura da CPI da Educação – pressione os senadores(as) nos estados
A FASUBRA Sindical está na luta pela imediata abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MEC (Ministério da Educação) para investigar as denúncias de corrupção envolvendo a Pasta. A crise do MEC culminou com a saída do ex-ministro Milton Ribeiro, após vir à tona a existência do “gabinete paralelo” com o envolvimento de pastores evangélicos, que negociavam com prefeitos vantagens para obtenção de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), a pedido do presidente Bolsonaro.
Em seguida surgiram graves denúncias de que o governo tentou superfaturar em mais de R$ 700 milhões a compra de ônibus escolares, em um processo de licitação para pagar R$ 480 mil por ônibus escolar destinado ao transporte de estudantes em áreas rurais. Entretanto, cada veículo deveria custar no máximo R$ 270 mil. As apurações mais recentes são de existência de “escolas fake” e de que o governo Bolsonaro também destinou R$ 26 milhões em recursos para a compra de kits de robótica destinados a escolas de pequenas cidades do interior de Alagoas, estado do atual presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP).
Para a DN da FASUBRA é urgente investigar o Bolsolão do MEC e punir os criminosos envolvidos nos escândalos com o dinheiro público. A CPI irá apurar, inclusive, a ligação de Bolsonaro com os crimes, já que em áudio o ex-ministro Milton Ribeiro cita que os repasses são a pedido do presidente. “Somos parte desse processo da queda do ministro. Queremos apuração e vamos até o fim frente as denúncias que apareceram”, afirma o coordenador-geral da Federação Toninho Alves.
O líder da oposição no Senado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acusa a Bancada Evangélica no Congresso Nacional de tentar esvaziar a CPI do MEC. “Vai vendo, Brasil! Primeiro, uma força-tarefa para travar a #CPIdoMEC no Senado. Agora, sigilo na agenda de Bolsonaro com os lobistas envolvidos no #BolsolaodoMEC. Eles têm muito a esconder e o desespero está batendo. Mais motivos para a CPI do MEC!”, destacou o senador em uma rede social nesta quarta-feira (13/04), referindo-se a interferência da Bancada Evangélica e a reportagem de “O Globo” que afirma que o Palácio do Planalto decretou sigilo em encontros de Bolsonaro com pastores lobistas do MEC.
Para a abertura da CPI, conforme o Regimento, são necessárias 27 assinaturas dos senadores e senadoras. No último final de semana, três senadores voltaram atrás e retiraram as assinaturas de apoio a criação da CPI do MEC. Até agora, 25 assinaturas já foram colhidas. A DN da FASUBRA Sindical orienta suas entidades de base a pressionarem os senadores e senadoras nos seus estados para que assinem a CPI do MEC. Orienta, ainda, a pressão nas Reitorias por meio dos Conselhos Universitários para enviar moções de apoio pela abertura da CPI no Senado para apuração da corrupção no MEC.
Enquanto a CPI não é criada, a Comissão de Educação (CE) do Senado Federal continua a investigar as denúncias de crime com recursos públicos do gabinete paralelo. Nesta terça-feira (12/04), a CE aprovou requerimento para ouvir o depoimento de oito pessoas sobre denúncias de irregularidades na distribuição de recursos do MEC e o beneficiamento indevido com verbas públicas.
Acesse a lista dos senadores e senadoras e envie e-mail aos parlamentares: https://www25.senado.leg.br/web/senadores/em-exercicio
Quem luta pela Educação quer a apuração!
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