FASUBRA e Andifes se reúnem para tratar pontos da pauta específica
A previsão para discutir os assuntos seria após a greve, segundo a associação
Por Luciana Castro
O Comando Nacional de Greve da FASUBRA Sindical se reuniu na tarde de ontem, 12, com Maria Lucia Cavalli Neder, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes. O evento realizado na sede da associação, tratou sobre o apoio à greve dos trabalhadores técnico-administrativos em educação junto ao Ministério da Educação (MEC), e pontos específicos da pauta de reivindicações para discussão como: democratização nas Instituições Federais de Ensino, implementação das 30 horas, reajuste salarial, carreira, revisão da carreira, dimensionamento, trabalhadores cedidos à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e assédio moral.
Após a exposição da federação sobre as negociações com o governo federal, Maria Lúcia considerou que há uma relação aberta para convivência nas universidades entre reitores e servidores. Os assuntos discutidos foram:
Democratização: a diretora afirmou que não vê dificuldade em trabalhar essa discussão em forma de agenda. Hoje a indicação aceita é de apenas um nome. “Não é uma discussão simples para fazer”, disse Maria Lúcia sobre o artigo 56º, Lei nº 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que garante “70% dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes”.
Capacitação: há apoio da associação e do MEC.
30 horas: cada instituição é responsável em realizar o estudo para redirecionamento da força de trabalho em cada setor.
Reajuste salarial: esperam que o governo federal tenha uma proposta favorável para cobrir minimamente a perda inflacionária. “Não podemos interferir muito”, disse a presidente. Defendem o ajuste do step como boa solução.
Assédio moral: a diretora falou sobre a necessidade em discutir mais sobre a caracterização e o conceito de assédio moral dentro das instituições federais. Segundo Maria Lúcia, “quem sofreu assédio deve fazer imediatamente a denúncia”.
EBSERH – “a discussão sobre os trabalhadores técnico-administrativos cedidos e as relações de trabalho é bem vinda na universidade”, disse Maria Lúcia.
Anísio Brasileiro de Freitas Dourado, reitor da Universidade Federal de Pernambuco, disse “o diálogo que nos move, e dentro da pluralidade das universidades vamos fazer um exercício sobre como cada um trabalha”. A disponibilidade de acordo com Dourado é discutir sobre a EBSERH, 30 horas e democratização nas universidades somente após a greve.
Mais informações no próximo Informe de Greve.
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