ESTADUAIS – Trabalhadores da Unicamp exigem resposta da reitoria. Na USP, trabalhadores resistem mesmo com corte de ponto.

17:01 | 14 de agosto de 2014

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Após 84 dias de greve, os trabalhadores das universidades estaduais paulistas continuam em luta pelo reajuste salarial e demais reivindicações. O CRUESP – Conselho de Reitores das três universidades e CEETEPS mantêm o Zero de reposição salarial até final de agosto e início de setembro, quando vão rever o orçamento do Estado para o segundo semestre, mas sem nenhuma garantia de haver negociação da Campanha Salarial com data base em Maio. Portanto, isso significa que este ano a data base é Zero.

Na USP, UNESP e UNICAMP, a greve continua, tendo havido apenas proposta dos reitores da UNESP e UNICAMP em reunião da Pauta Específica que propôs 21% de Bônus (única parcela não incorporável) e 250 reais no Vale Alimentação. A greve dos técnico-administrativos da Unicamp segue sem que a reitoria da Universidade se manifeste sobre a contraproposta apresentada pela categoria.

No último dia 12, para pressionar a responder as reivindicações dos trabalhadores e protestar contra o fim de um curso noturno, os grevistas realizaram ato em frente ao Conselho Universitário que decidiria sobre esse último tema. Outra demanda é de que o Cruesp agende reunião com Fórum das Seis para amanhã (15), data para a qual está prevista uma assembleia da categoria – que só ocorrerá se for precedida de negociação com a reitoria.

Em resumo, os trabalhadores da Unicamp reivindicam na pauta específica abono (21% sobre os salários, já descontado o imposto de renda), 1 referência para todos os servidores, fora do processo de isonomia, efetivação da segunda etapa do processo de isonomia (três referências para todos os pisos, conforme compromisso assumido pelo reitor em julho/2013), vale-refeição, definição do calendário de discussão do restante da pauta específica, incluindo as reivindicações da DEdIC).

Como a reitoria não avança na negociação, limitando as possibilidades de acordo na Unicamp e Unesp, o movimento grevista deve ser fortalecido e o acirramento elevado. Para se ter uma ideia, ontem (13) as Universidades e o CEETEPS estiveram na Assembleia Legislativa de São Paulo, em reunião com a Comissão de Financiamento e de Orçamento do Estado discutindo o financiamento das Universidades, e hoje (14), técnico-administrativos, estudantes e professores se reúnem para ato unificado em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

USP

Na USP, a situação não poderia ser pior. Além de não haver nenhuma proposta, desde o início da greve, os trabalhadores já enfrentaram força policial e desconto dos salários. Mais recentemente uma multa de R$ 10 mil foi aplicada ao sindicato em represália ao movimento. A resposta foi um “trancaço” da universidade que mobilizou mais de 1000 grevistas e entrou para os anais históricos da USP.  Também foi criada uma campanha de arrecadação de recursos com o objetivo de ajudar os trabalhadores que tiveram corte no ponto.A agenda de greve prevê também participação no ato unificado no Palácio dos Bandeirantes. A pauta da campanha salarial tem mais de 17 itens e posse ser acessada através do site do SINTUSP (www.sintusp.org.br).

CEETEPS

A greve do Sinteps teve início no dia 17/02/2014, tendo durado 42 dias, e teve ganho de 7% a 50%, com a aprovação da carreira, sendo que a primeira aplicação da carreirase deu em julho/14, a segunda será em julho/15 e a terceira e ultima aplicação será em janeiro de 2016. Esse ganho se deve exclusivamente à luta dos trabalhadores do CEETEPS.

SOLIDARIEDADE NA LUTA

A FASUBRA Sindical, que tem a Unicamp e Sinteps em seu rol de filiadas, vem apoiando a luta dos trabalhadores, tendo inclusive enviado membros da Direção Nacional a São Paulo para acompanhar as atividades das greves. Precisamosderrubar a intransigência do governo. No caso específico da Unicamp, o Cruesp manteve a proposta de reajuste zero, e a negociação específica enfrenta grande resistência da administração. No caso da USP, o sindicato foi judicializado tal qual ocorreu com a FASUBRA e o corte de ponto é imposição amarga com a qual muitos servidores estão lidando.

Assim, propomos que as entidades de base mandem moções de apoio à greve e de exigência de negociações com os trabalhadores das estaduais paulistas, fim das retaliações e do corte dos salários, enviando para os seguintes e-mails: sindicatos (stu@stu.org.br, sinteps@uol.com.br, sintusp@sintusp.org.br) Cruesp (reitoria@usp.br), Fórum das Seis (sintunesp@reitoria.unesp.br), reitorias.

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