Estaduais – Conselho de reitores das universidades de São Paulo mantém proposta de 3% de reajuste e trabalhadores da Unicamp permanecem em greve
Há nove dias em greve, servidores estaduais reivindicam reajuste de 12,34% que corresponde à inflação de 9,34% (DIEESE).
Trabalhadores técnico-administrativos em educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) rejeitaram a proposta de 3% de reajuste salarial do Conselho de Reitores das Universidades Paulistas (Cruesp). As negociações da Campanha Salarial de 2016 não avançaram.
O conselho reapresentou a proposta no dia 30 de maio ao Fórum das Seis, que reúne sindicatos dos trabalhadores, associações de docentes e estudantes das universidades paulistas – Unicamp, Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Em greve desde maio, os servidores da Unicamp se reuniram em assembleia na tarde de ontem, 30, e decidiram continuar com o movimento paredista.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), o conselho manteve a proposta de reposição salarial de 3%, a partir de maio de 2016. Porém, os servidores estaduais reivindicam um reajuste de 12,34%, que corresponde à inflação de 9,34% pelo ICV-DIEESE nos últimos 12 meses (de maio/2015 a abril/2016) mais 3% recuperação de parte das perdas acumuladas. Apesar de reconhecer as perdas salariais do período, o conselho não apresentou novidades.
“Reajuste de 3% é brincadeira! A inflação do ano chegou a 10%, por isso, a greve continua. Não vamos aceitar retrocessos nos nossos direitos e conquistas, muito menos ataques à Educação Pública”, explicou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), João Raimundo Mendonça de Souza.
Cortes no orçamento
A comunidade universitária da Unicamp enfrenta o corte orçamentário de R$ 40 milhões desde abril deste ano. Os trabalhadores lutam pelo cumprimento do compromisso assumido pelo reitor José Tadeu Jorge (Unicamp), em igualar os salários dos servidores aos da USP.
Segundo o sindicato, o conselho de reitores suspendeu as negociações até que ocorra “alguma modificação no quadro da arrecadação” e se comprometeu a agendar reuniões técnicas para discutir o orçamento das universidades.
Os reitores da USP e Unicamp não compareceram na reunião com o Fórum das Seis, sendo substituídos por representantes. Para o sindicato, a ausência neste momento delicado das universidades estaduais representa desconsideração em relação às demandas da comunidade universitária.
Os trabalhadores da Unicamp cobram a reabertura imediata das negociações e atendimento às nossas reivindicações!
Foto: Leon Cunha/STU
Com informações: Departamento de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU)
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