Educação anti-LGBTFóbica é tema de debate no V Encontro Nacional LGBTI+ da FASUBRA

, 14:21 | 16 de maio de 2025

Na primeira mesa de debates do V Encontro Nacional LGBTI+ da FASUBRA Sindical, realizada nesta sexta-feira (16), o tema “Educação anti-LGBTFóbica: desafio nas instituições de ensino e organizações sindicais” trouxe à tona reflexões profundas sobre o papel da educação e dos espaços sindicais na promoção de um ambiente mais inclusivo e seguro para a população LGBTQIA+.

A mesa contou com a presença da produtora cultural, educadora, ativista e política Ruth Venceremos, filiada ao Partido dos Trabalhadores, que destacou a importância da construção coletiva de pautas e prioridades dentro dos movimentos sociais. “Falta um espaço coletivo onde possamos decidir juntos o que é prioridade, o que representa quem somos e onde queremos chegar”, afirmou Ruth. Para ela, é fundamental compreender que o ato de questionar não deve ser interpretado como rejeição. “Quando fazemos uma crítica, como a das bandeiras, por exemplo, não significa que estamos proibindo algo ou impondo verdades. Estamos propondo reflexão. E não precisamos concordar em tudo para caminharmos juntos.”

Também participou da mesa Toninho Lopes, representante do Sintufes, que compartilhou sua experiência dentro da universidade ao romper com padrões excludentes. “Eu sou técnico-administrativo e, mesmo assim, assumi a coordenação de um curso. Isso não era comum”, afirmou. Toninho destacou ainda a importância de abrir o espaço para debates de gênero nas instituições “O curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE) que eu coordenei foi o maior programa de formação que o Espírito Santo já teve” relembrou, mencionando o impacto de ações educativas nas escolas e universidades.

Representando a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), a professora Maraisa Bezerra Lessa reforçou a necessidade de ações concretas para garantir os direitos humanos da população LGBTQIA+ no ambiente escolar. “É preciso fomentar ações nos direitos humanos, qualificar os temas e também combater as violências, para tornar as escolas protetivas para a sociedade LGBTQIA+”, afirmou.

O encontro segue ao longo do dia com mais discussões que visam fortalecer a atuação sindical e educacional no enfrentamento à LGBTfobia e na promoção da diversidade.

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