É urgente derrotar Bolsonaro e Mourão para salvar vidas
O presidente Bolsonaro novamente cometeu um atentado à saúde pública e à democracia neste domingo (19/04). Aos gritos de “Fecha o Congresso e o STF”, “Intervenção Militar Já” e “AI-5”, Bolsonaro participou de manifestação em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília/DF, com aglomeração de pessoas, desrespeitando as orientações de distanciamento social pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em diversos estados também aconteceram carreatas e protestos pelo fim da quarentena e reabertura do comércio, desprezando a vida das pessoas.
A participação do presidente no ato e a hipótese de uma intervenção militar no país foram extremamente criticadas por diversos setores da sociedade, políticos, entidades e centrais sindicais, governadores e organizações civis. Em nota conjunta, as centrais questionam que não há resistência às irresponsabilidades do presidente. “Bolsonaro, mais uma vez testa os limites do seu cargo e os limites das instituições democráticas. Ele avança, com suas extravagâncias, onde não encontra resistência. Se esta resistência não vier, até onde irá a irresponsabilidade do presidente?”.
Segundo a nota, Bolsonaro está isolado e crescentemente descontrolado. As centrais classificaram a sua participação como “show de horrores em relação ao necessário isolamento social e de bravatas que afrontam a democracia e colocam o país numa situação ainda mais dramática diante da pandemia que nos assola, e que já contabiliza mais de 30 mil contaminados e nos aproxima dos 3 mil mortos”. Veja nota na íntegra.
A CSP Conlutas não assina a nota conjunta, mas também divulgou seu repúdio neste domingo. Com o título “Em defesa das liberdades democráticas, todo repúdio a Bolsonaro. Ditadura nunca mais!”, a central destaca em documento que frente à crise sanitária que passa o país, o governo Bolsonaro tem, dia após dia, se mostrado um obstáculo para a defesa da vida do nosso povo. “A CSP-Conlutas conclama a todas as organizações democráticas a repudiar esta escalada golpista e se somar a um grande movimento para por para Fora Bolsonaro e Mourão! Ditadura nunca mais!”, afirma. Veja documento na íntegra.
Em carta ao Congresso Nacional, 20 governadores afirmaram que o presidente está “afrontando os princípios democráticos que fundamentam a Nação”. Os governadores demonstraram apoio aos presidentes da Câmara e do Senado e destacaram que a “saúde e a vida do povo brasileiro devem estar muito acima de interesses políticos, em especial nesse momento de crise”. Os presidentes da Câmara e do Senado também se pronunciaram contrários a atitude de Bolsonaro nas redes sociais e a Presidência da Câmara cancelou toda a agenda desta segunda-feira (20/04).
Os ministros do STF Marco Aurélio Mello e Luís Roberto Barrosos também se pronunciaram. “É assustador ver manifestações pela volta do regime militar, após 30 anos de democracia. Defender a Constituição e as instituições democráticas faz parte do meu papel e do meu dever. Pior do que o grito dos maus é o silêncio dos bons (Martin Luther King). Só pode desejar intervenção militar quem perdeu a fé no futuro e sonha com um passado que nunca houve. Ditaduras vêm com violência contra os adversários, censura e intolerância. Pessoas de bem e que amam o Brasil não desejam isso”, disse Barroso.
Para a FASUBRA Sindical, a irresponsabilidade do Executivo já ultrapassou todos os limites e a política genocida de manutenção dos lucros, de manter a economia ativa, não pode se sobrepor às vidas. A FASUBRA reafirma sua postura de luta e justiça social, pois cada vida importa. Reforça ainda a necessidade de todos(as) seguirem as normas da OMS e de profissionais de saúde de isolamento social como prevenção e para conter a disseminação do novo coronavírus (COVID-19) no país.
Fora Bolsonaro e Mourão!
Todas as Vidas Importam!
A Vida Acima do Lucro!
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