Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher
O dia 25 de novembro é lembrado como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Uma importante data do movimento feminista que surgiu em 1960, na República Dominicana, quando três irmãs ativistas políticas: Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, foram brutalmente assassinadas a pedido do ditador dominicano Rafael Leónidas Trujillo.
Mas foi em 1981 em Bogotá, Colômbia, que se decidiu marcar o 25 de novembro como o Dia Internacional da não Violência contra as Mulheres, durante o Primeiro Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe. Em 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o termo violência contra a mulher como: “Todo ato de violência baseado no gênero que tem como resultado possível ou real um dano físico, sexual ou psicológico, incluídas as ameaças, a coerção ou proibição arbitrária da liberdade, que pode ocorrer tanto na vida pública quanto na vida privada”.
Feminicídios crescem em diversos estados do Brasil em 2019
Pesquisa feita pela Rede de Observatórios, divulgada na última quinta-feira (21), em Fortaleza/CE, aponta o crescimento do número de feminicídios em cinco estados brasileiros analisados – Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Conforme o levantamento, os casos registraram alta de 13% no ano de 2019 em relação a 2018 e, em cinco meses, 518 crimes contra a mulher foram registrados nos estados analisados. Segundo a pesquisa, 39% dos casos foram classificados como feminicídios – que referem a mortes por questões de gênero; 42% se enquadram em tentativas de feminicídios ou agressões físicas e 15% agressões sexuais.
O Brasil ocupa a 5ª posição no ranking mundial de feminicídio, ficando atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia, conforme o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Segundo o Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2016 uma mulher foi assassinada a cada duas horas no país.
Brasília amanheceu nesta segunda-feira (25) com 1.140 cruzes espalhadas no gramado da Esplanada dos Ministérios. Segundo a organização, o ato foi em memória às vítimas de feminicídio no país em 2019 e busca chamar atenção da sociedade sobre os casos de violência contra as mulheres, em especial os motivados por questões de gênero. A violência contra a mulher, no entanto, é muito mais abrangente. Segundo estatísticas, uma em cada três mulheres sofre de violência doméstica, sendo exemplos de maus tratos a violência física, psicológica e o assédio sexual.
A FASUBRA Sindical sempre combateu todos os tipos de violência e formas de opressão, além de defender as minorias. A Coordenação da Mulher Trabalhadora destaca que em um governo de extrema direita, racista, lgbtfóbico e misógino a luta tem que se intensificar, pois em uma sociedade machista o ódio e o desprezo pelas mulheres, principalmente as negras e de classe social menos favorecidas, aumenta a cada dia. Não passarão!
A luta pelo direito à vida tem que ser de todos e todas!
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