DIA INTERNACIONAL DA MULHER

14:21 | 7 de março de 2011

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

A vida tem duas faces: Positiva e negativa.

O passado foi duro mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria.
Que eu possa dignificar, minha condição de mulher, aceitar suas limitações.
E me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes.
Aceitei contradições lutas e pedras
como lições de vida e delas me sirvo.”

Cora Coralina

Em 1910, na 2ª. Conferência Internacional das Mulheres foi proposto pela alemã Clara Zetkin a criação do Dia Internacional da Mulher. No princípio era celebrado de acordo com o calendário de lutas de cada país, portanto, celebrado em diferentes datas.

A fixação da data deu-se provavelmente pela ação das operárias russas, que no dia 8 de março de 1917 precipitaram o início da Revolução Russa.

A celebração internacional foi oficializada em 1922.

Neste Centenário devemos não só comemorar mas também refletir sobre o papel da mulher como agente transformador no processo de desenvolvimento econômico e social do país, já que representa a maior parte da população, 51% da força de trabalho, e chefia cerca de 35% das famílias brasileira.

Ao longo das últimas décadas do século XX, ficam evidentes as conquistas sociais femininas no mercado de trabalho. E foram muitas, no entanto ainda está aquém do ideal. As mulheres têm hoje maior participação, não só no mercado de trabalho, como também nas esferas política e econômica e elas já estão mais conscientes de seu poder e ficaram mais à vontade para escolhem, de forma mais livre, com quem e como querem estabelecer suas relações profissionais, sociais e conjugais.

Na realidade, as mulheres evoluíram da esfera doméstica à ocupação de diferentes funções na sociedade moderna.

 Porem é importante salientar que as mulheres ainda ocupam poucos cargos de poder e prestígio e continuam a serem vistas como as principais responsáveis pela casa e pela família, responsabilidade essa que caracteriza a tripla jornada de trabalho da mulher.

Também ao longo do século XX, o movimento feminino deu visibilidade às lutas contra o sexismo, e alguns direitos das mulheres, foram em maior ou menor escala reconhecidos no que tange ao direito de existir com dignidade, de votar e ser eleita, de participar dos espaços de poder e decisão, de acesso à educação e ao trabalho, de viver livre de violência.

Neste aspecto, podemos considerar como vitória a Lei Maria da Penha, que mesmo em pequena escala é responsável por uma mudança cultural que vem sendo operada no país.

A violência doméstica e sexual praticada contra mulheres constitui uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e a integridade física.

Estudos mostram que a cada 2 minutos cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. A Lei Maria da Penha vêm inibir, ainda que de forma não contundente, este fenômeno, e mesmo a lei tendo sido classificada como uma das três mais avançadas para enfrentamento à violência contra as mulheres no mundo, no Relatório Global do Findo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (UNIFEM), vimos no início de 2011, tentativa por parte do STF, de supressão de medidas jurídicas criadas em conjunto com a Lei Maria da Penha. Posturas como essa, só contribuem para que os agressores tenham certeza da impunidade e banalizam a violência sofrida pela mulher. Muito ainda há por se fazer no sentido de erradicar toda forma de violência, seja ela psicológica, física, moral, sexual, patrimonial, cometidas contra as mulheres.

“A eleição de mulheres para Chefes de Estado ainda é um marco histórico, infelizmente, muitos obstáculos ainda estão e serão postos e precisam e serão vencidos. Dentre eles a Convenção 156 da OIT que define a igualdade entre homens e mulheres e determina que a responsabilidade com os cuidados das crianças e da família devem ser compartilhadas. O Brasil é o único país da América Latina que ainda não assinou a convenção 156 da OIT.

Ações afirmativas de gênero precisam ser consideradas em conjunto pelos governantes e pela sociedade civil, para que seja garantida a mulher, sua autonomia e direitos, a inexistência destas ações não impediu que as mulheres viessem ao longo dos anos contribuindo cada vez mais quantitativamente e principalmente qualitativamente para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, de um mundo melhor e mais equilibrado, no qual se desenha um novo papel para a mulher moderna.

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