Declarações de ministro comprovam que a destruição da Educação é um projeto
A FASUBRA Sindical repudia as falas desrespeitosas e discriminatórias do ministro da Educação (MEC), Milton Ribeiro, sobre os usuários da educação, pessoas com necessidades especiais, população trans, negra e pobre. Os depoimentos do ministro, neste mês, mostraram que ele segue a política de desmonte e destruição da educação pública nacional do governo Bolsonaro.
Utilizando termos discriminatórios, preconceituosos e excludentes, o ministro reforça sua pauta ideológica no governo e o papel da educação apenas para a elite. Além disso, não traz nenhuma proposta de soluções para as demandas do setor, preferindo criar barreiras e retrocessos.
Afirmações como: as universidades deveriam ser para “poucos”; crianças com deficiência são de “impossível convivência” demonstram preconceito e exclusão. Segundo o ministro, quando um aluno com deficiência é incluído em salas de aula comuns, ele não aprende e ainda “atrapalha” a aprendizagem dos colegas. “Nós não queremos o inclusivismo, criticam essa minha terminologia, mas é essa mesmo que eu continuo a usar”, afirma.
Diz ainda que a população trans atuante na rede de ensino não pode incentivar os alunos “a andarem por esse caminho”. Ribeiro revela, dessa forma, a mesma linha de atuação de seus antecessores, que se utilizaram de argumentos falaciosos e preconceituosos para descaracterizar a educação, as universidades públicas, seus trabalhadores e usuários.
A bancada do Psol na Câmara dos Deputados entrou na última sexta-feira (20/8) com representação no Ministério Público Federal pedindo a abertura de uma investigação contra o ministro da Educação pelas declarações de que alunos com deficiência “atrapalham” o aprendizado dos demais. Na representação, a bancada também requer que o ministro pague uma indenização a entidades que atuam na área.
A FASUBRA Sindical reforça seu compromisso em defesa de uma educação pública, democrática, gratuita, de qualidade e com acesso a todas, todos e todes e a luta contra o Decreto 10.502/20 do governo Bolsonaro que instituiu a “Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida” e promove mais segregação do que inclusão à educação especial. Para a Federação, as diferenças de conhecimentos e capacidades de aprendizagem em uma mesma sala de aula beneficiam todos os alunos, independente de necessidades especiais ou não.
Fora Bolsonaro e Mourão!
Foto: EBC – Fabio Rodrigues Pozzebom
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