Debate sobre Ebserh e Funpresp ocupa a programação da tarde do primeiro dia do Encontro Regional Sudeste II

16:22 | 20 de junho de 2013

Evento é realizado em Vitória ES

encontrosudesteIIpalestraebser190620131Mesa discute Empresa Brasileira e Fundação de Previdência Complementar

O debate sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) movimentou a parte da tarde do primeiro dia do Encontro Regional Fasubra Sudeste II, no campus de Goiabeiras da Ufes, em Vitória, nessa quarta-feira, 20 de junho.  

A greve no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) contribuiu com a luta da Fasubra contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).  

A coordenadora-geral da Fasubra e coordenadora do Sintufes, Janine Vieira Teixeira, discursou sobre a Ebserh, destacando a mudança de posicionamento do reitor da Ufes, durante o movimento paredista, entre 06 a 13 de maio de 2013.  

Janine explicou que o estopim para deflagração da greve foi que a Ufes divulgou uma lista, no site da universidade, com o nome de mais de 100 trabalhadores a serem transferidos do Hucam para outros campi. Isso sem nenhum critério, nenhum ofício ou notificação aos trabalhadores.    

Devido a essa atitude, a categoria decidiu entrar em greve. Greve que foi de apenas oito dias, mas obteve conquistas para os trabalhadores e serviu de inspiração para a luta contra a Ebserh, sobretudo no Rio de Janeiro.  

Durante o debate, o coordenador-geral da Fasubra, Paulo Henrique Rodrigues dos Santos, destacou a contribuição da greve no Hucam. 

“Essa atitude aqui de garantir os direitos dos companheiros e de mostrar o que estava acontecendo serviu de argumento nosso na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde não foi aprovada a Ebserh)”, pontuou o coordenador.  

Unidade na luta 

Janine Vieira destacou, também, o posicionamento da Federação durante sua palestra sobre a Ebserh. “A Fasubra tem uma posição de unidade e todos nós somos contra a Ebserh”, frisou.  

Ela também problematizou sobre o que traz a Ebserh para os HU’s bem como sobre o futuro do SUS e a necessidade da luta pela saúde pública.  

“O impacto no ensino com a Ebserh é grave. O doente (paciente) não é só mais para o ensino. Temos que pensar uma ação pra isso. Pois o que está sendo banalizado é a vida da gente – você vale X por tantos dias. É tudo por metas e com saúde não pode ser assim. A população precisa se debruçar e nós também sobre o destino do SUS. Esse não é o projeto que a sociedade construiu, na Constituição Federal de 1988, a partir da Reforma sanitária. Temos que ver como organizar as pessoas para enfrentar isso”, argumentou.  

Funpresp 

A assessora política do Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Federais, Estaduais e Municipais em Saúde, Trabalho, Previdência, e Assistência Social no Espírito Santo (Sindsaudeprev-ES), Lujan Maria Bacelar Miranda, fez a palestra sobre Funpresp.  

Ela lembrou que o governo aprovou “a toque de caixa”, a Funpresp, que estabelece um teto (de R$ 4.159 do INSS) para aposentadorias no setor público federal, sobretudo para quem ingressar na carreira a partir de 05 de fevereiro de 2013.  

Além dos problemas da Funpresp, Lujan argumentou sobre a Seguridade Social, que “engloba Previdência, Saúde e Assistência Social”. “A Previdência Pública é o maior patrimônio construído pelos trabalhadores e não visa o lucro”, afirmou.  

Já a Funpresp, segundo Lujan, além de visar o lucro não tem o caráter coletivo da previdência e é mais uma ferramenta para tirar direitos dos trabalhadores.  

 

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