Comissão de Trabalho da Câmara discute recomposição salarial dos SPF
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados debateu nesta terça-feira (24/05) a recomposição salarial das servidoras e servidores públicos federais. Representantes de 20 entidades, entre elas da FASUBRA Sindical, participaram da audiência pública.
No encontro foi consenso que não há negociação nesse governo, só há desrespeito com as categorias e o suposto reajuste de 5% é completamente insuficiente e não repõe as perdas acumuladas nos últimos três anos. O conjunto de servidores busca uma recomposição salarial de 19,99% e se mantém mobilizado desde janeiro deste ano.
O deputado federal Paulo Ramos (PDT/RJ) um dos parlamentares que apresentou requerimento para realização da audiência pública, que contou com quatro mesas, afirmou que tem a exata compreensão do sentimento que perpassa na alma de todos os servidores públicos diante de esforços claros de desmonte do Estado. “O governo oferece linearmente de 5% que não contempla, não recupera perdas e não cumpre a Constituição”, disse.
Segundo o deputado há uma indignação muito grande e com razão. “A intenção do governo em relação ao serviço público e ao servidor está registrada na famigerada PEC 32, que consiste aniquilar totalmente o serviço público transferindo responsabilidades de todos os setores, de todo o Estado brasileiro para a iniciativa privada”, criticou.
Os representantes das entidades de servidoras e servidores públicos destacaram a necessidade de intensificar a mobilização pela abertura de negociação e com a possibilidade de se construir uma grande greve ainda este ano.
As entidades que compõem o FONASEFE organizam mais uma jornada de lutas com um ato no dia 31 de maio. Neste dia está programado uma caminhada que passará pelo Ministério da Economia e continuará rumo à Praça dos Três Poderes. A concentração inicia às 9h, no Espaço do Servidor. Às 14h será realizada audiência pública com a Liderança da Minoria no auditório Nereu Ramos. No dia 1º de junho, a vigília em frente ao Ministério da Economia será reforçada e pode haver audiência com os presidentes do Senado e /ou Câmara, já que ofícios pedindo o encontro já foram protocolados.
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