Carnaval é resistência, luta e consciência
Carnaval é cultura popular, fonte de liberdade e expressão, alegria e também oportunidade e espaço de articulação e diálogo com a população.
Frente aos diversos e constantes ataques aos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores, à educação pública e, mais recentemente, ao serviço público e às estatais, a FASUBRA Sindical reforça a necessidade de construção de um carnaval de resistência e luta, a exemplo do que foi o do ano passado, com a criação de blocos carnavalescos próprios que tenham, dentre outros temas, a defesa da classe trabalhadora, a defesa da Educação Pública e do serviço público de qualidade.
Este ano, mais uma vez, a Direção da FASUBRA também fortalece e estimula a campanha de conscientização “Não é Não!”, contra o assédio sexual durante a folia. A campanha já tem adesão de 15 estados e foi criada por um coletivo feminista em 2017, em resposta a uma situação de abuso que uma delas sofreu no carnaval no Rio de Janeiro. Com o objetivo de alertar e evitar casos de assédio durante o carnaval, o coletivo distribui tatuagens temporárias com os dizeres, além de fazer palestras e rodas de conversa como alerta sobre o tema.
Carnaval não é lugar para “mulher direita”
Pesquisa divulgada este mês e elaborada pelo Instituto Data Popular, entre os dias 4 e 12 de janeiro, com 3,5 mil brasileiros de 146 municípios, com idade igual ou superior a 16 anos, mostra o quanto o Brasil é extremamente machista. Segundo o levantamento, 49% da população masculina afirma que carnaval não é lugar para “mulher direita” e 61% dos homens afirmaram que uma mulher solteira que vai pular carnaval não pode reclamar de ser cantada.
Somada à assustadora, retrógrada e polêmica campanha de abstinência sexual do governo federal, lançada no dia 3 de fevereiro e que ao todo custou R$ 3,5 milhões aos cofres públicos, a Coordenação da Mulher Trabalhadora da FASUBRA Sindical enaltece a necessidade de exposição dos abusos que as mulheres brasileiras vêm passando ao longo de décadas, não somente no carnaval. Destaca ainda que a liberdade sexual da mulher é uma conquista e uma escolha, que não pode ser depreciada.
Pensando nisso, a Coordenação da Mulher Trabalhadora elaborou a campanha “Na luta, na vida, como no Carnaval: Não é Não!” e produziu uma ventarola para que as entidades de base possam imprimir e utilizar amplamente durante o período festivo.
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