Ato no Senado cobra a imediata apuração dos crimes do Bolsolão do MEC
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (31/03), requerimentos para ouvir o ministro interino do MEC, Victor Godoy Veiga, e prefeitos que foram citados no áudio do Bolsolão. O ex-ministro Milton Ribeiro não compareceu a audiência na manhã de ontem para dar explicações sobre as denúncias de corrupção na pasta, o que levou a CE a debater a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os crimes.
Do lado de fora do Senado, no Anexo II, servidoras e servidores do setor da Educação, entre eles representantes da FASUBRA e suas entidades de base, protestavam e exigiam a imediata apuração das denúncias e punição dos criminosos. “Nós somos parte desse processo da queda desse ministro corrupto, nós queremos apuração e vamos até o fim frente as denúncias que apareceram”, criticou o coordenador-geral da Federação Toninho Alves.
O líder do PT no Senado e integrante da Comissão de Educação, senador Paulo Rocha (PT/PA), falou com as categorias e parabenizou a mobilização. “Na maioria das vezes esse Congresso é só no empurrão”, afirmou. Sobre o não comparecimento do ex-ministro na audiência nesta quinta-feira (31/03), o senador foi taxativo. “Eles estão fugindo do crime que eles cometeram lá. Simplesmente é isso, é uma fuga. Hoje aprovamos a convocação do ministro interino. Nós não vamos deixar de correr atrás desses corruptos, criminosos e o que estão fazendo com a nossa Educação”, criticou. O senador ainda colocou a Liderança do PT à disposição das entidades.
A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL/RS) cobrou a prisão dos envolvidos. “Um escândalo gravíssimo com o dinheiro público, que não só é caso de demissão do ministro porque óbvio ele não segurou a pressão, mas é caso de prisão, e não só dele, porque ao que tudo indica Bolsonaro é o chefe desse esquema. Claro que o Milton Ribeiro amarelou e não apareceu para prestar os esclarecimentos que o Congresso Nacional reivindicava. Nós sabemos que eles são covardes, mas além de covardes são criminosos”, afirmou.
Vigília no Ministério da Economia
Após o ato no Senado, as trabalhadoras e trabalhadores do serviço público seguiram em caminhada para o Ministério da Economia, onde acontecia a manifestação da semana de Jornada de Lutas (29 a 31 de março).
Para o coordenador-geral da FASUBRA Sindical José Maria Castro, a classe trabalhadora só deixará de fazer mobilizações quando o governo atender as reivindicações. “É essa a posição da FASUBRA Sindical, chamamos a todas e todos a construir cada vez mais a unidade. Vamos continuar persistindo na construção da greve unificada dos servidores públicos para que a gente, nesse momento, derrote o governo Bolsonaro como derrotamos na reforma administrativa. Os trabalhadores(as) do serviço público merecem respeito e o mínimo que o governo tem que dar é os 19,99%”.
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