Apologia ao turismo sexual de mulheres é crime
A Coordenação da Mulher Trabalhadora da FASUBRA Sindical condena e repugna a apologia ao turismo sexual das mulheres brasileiras, conforme fala do presidente Bolsonaro à revista IstoÉ, no último dia 25 de abril.
Na oportunidade, Bolsonaro disse que “o Brasil não pode ser um país do mundo gay, de turismo gay. Temos famílias. Se alguém quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”. A declaração foi interpretada por várias entidades, órgãos e governos de Estado como um incentivo ao turismo sexual e diversas campanhas foram iniciadas para combater essa imagem do Brasil.
Em nota, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) destaca que “essa prática inescrupulosa viola, indigna e deprecia a mulher brasileira, que é muito além do que um corpo a ser explorado sexualmente”.
O CNDM também informa que, em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) calculou que o tráfico de seres humanos para exploração sexual movimenta cerca de U$ 9 bilhões no mundo e só perde em rentabilidade para a indústria das armas e do narcotráfico. “A cada hora, 228 crianças, em especial meninas, são exploradas sexualmente em países da América Latina e do Caribe, dos quais o Brasil é, infelizmente, o primeiro lugar desse ranking envolvendo o turismo sexual”, afirma na nota.
É intolerável que um presidente faça afirmações nesse sentido e não é à toa que as taxas de criminalidade contra as mulheres só aumentam. Além disso, o presidente deveria ter postura, ética e moral e deveria estar pensando em políticas públicas de combate ao turismo sexual e não incentivando. A FASUBRA Sindical repudia as declarações pelo seu caráter machista e misógino.
Foto: Reprodução Internet
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