Ação de reintegração em MG viola direitos humanos

15:56 | 14 de agosto de 2020

Em plena pandemia, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou, com o consentimento do governador Romeu Zema, a reintegração de posse do acampamento Quilombo Grande, em Campo do Meio (MG), colocando mais de 450 famílias em risco à Covid-19 e com ação criminosa da Polícia Militar (PM). A reintegração começou na quarta-feira (12/08) e os acampados afirmam que nesta sexta-feira (14/08) a tropa de choque avançou contra as famílias com bombas de gás lacrimogênio.

Há relatos que a polícia ateou fogo na tentativa de retirar as famílias no acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O despejo iniciou pela Escola Popular Eduardo Galeano e por um barracão coletivo onde moravam três famílias. Os acampados seguem resistindo, mas o clima é de tensão e a polícia permanece no local, mesmo após o governador se pronunciar em uma rede social que teria suspendido a ordem de despejo.

As famílias residem no local há 20 anos, área que pertenceu à falida usina Ariadnópolis, da Capia (Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo). O MST trabalha com agroecologia na área com plantações de café, milho, frutas e hortaliças, além da criação de animais. Um dos produtos mais conhecidos do acampamento e sua Cooperativa Camponesa é o café Guaíi.

A FASUBRA Sindical apoia as famílias atingidas, se solidariza com o movimento MST e repudia mais esta atitude violenta da PM, que está sendo covarde em sua atuação, além da falta de posicionamento do Governo Zema, já que o estado está passando por situação de calamidade pública.

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#SalveQuilombo
#ZemaCovarde

Foto: Isabelle Medeiros – Mídia Ninja

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