25/11: Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher
O dia 25 de novembro, “Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher”, é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) há 22 anos e busca alertar a sociedade sobre os casos de violência e maus tratos contra as mulheres. Segundo a ONU, o Brasil é o 5º na lista de países com mais crimes de gênero.
Neste ano, a ONU Mulheres Brasil lançou a campanha “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres e meninas – Vida e dignidade para todas”, que iniciou dia 20 de novembro e vai até 10 de dezembro. A programação conta com a realização de eventos online e presenciais, iluminações de prédios na cor laranja em adesão global à mensagem da prevenção da violência, assim como diversos conteúdos publicados nas redes sociais e sites.
A campanha da ONU Brasil pede união de esforços e ações para garantir a vida e a dignidade a todas as mulheres e meninas, inclusive na recuperação da COVID-19. De acordo com a campanha, estima-se que os efeitos econômicos no Brasil e a pandemia prejudiquem mais de 47 milhões de mulheres e meninas vivendo em situação de pobreza extrema em 2021, revertendo décadas de progresso e perpetuando desigualdades estruturais que reforçam a violência contra as mulheres e meninas. Estima-se ainda que 11 milhões de meninas podem não retornar à escola por causa da COVID-19, o que aumenta o risco de casamento infantil.
A campanha tem como foco “visibilizar a complexidade da violência contra as mulheres e meninas, em que suas identidades e condições de vida acentuam e ampliam vulnerabilidades para mulheres e meninas negras, indígenas, quilombolas, LBTQIAP+ (lésbicas, bissexuais, trans, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, entre outras), com deficiência, idosas, migrantes e refugiadas”.
Lei Mariana Ferrer
Nesta quarta-feira (24/11), a Lei 14.245/21 entrou em vigor e prevê punição para atos contra a dignidade de vítimas de violência sexual durante julgamentos. A Lei 14.245 foi pensada a partir do episódio sofrido pela influenciadora digital em novembro de 2020, quando foi desrespeitada durante audiência contra o empresário André de Camargo Aranha, acusado de tê-la estuprado.
Violência política contra as mulheres
Pesquisa inédita Políticas de Saia, do Instituto Justiça de Saias, que está mapeando a violência política no país, divulgada nesta quinta-feira, afirma que pelo menos 51% das mulheres já sofreram algum tipo de violência política.
Das entrevistadas virtualmente pelo instituto, no período de 8 de outubro a 22 de novembro, 50,3% relataram xingamentos; 35,9%, exclusão, expulsão ou restrição a espaço político; 21,6%, ameaças; 18%, ataques sexuais; 16,8%, alvo de notícias falsas; 6%, agressão física; e 7,4%, invasão nas redes sociais.
A FASUBRA Sindical sempre combateu todos os tipos de violência e formas de opressão, além de defender as minorias. A Coordenação da Mulher Trabalhadora destaca que em um governo de extrema direita, racista, lgbtfóbico e misógino a luta tem que se intensificar, pois em uma sociedade machista o ódio e o desprezo pelas mulheres, principalmente as negras e de classe social menos favorecidas, aumenta a cada dia. Não passarão!
Com informações do Brasil de Fato e ONU Mulheres.
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