12 de maio é marcado por manifestações virtuais e simbólicas em defesa dos(as) trabalhadores(as) da saúde

12:53 | 13 de maio de 2020

Atos simbólicos e virtuais foram realizados em todo o país, nesta terça-feira (12/5), em homenagem às enfermeiras e aos enfermeiros (técnicos e auxiliares) que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus (Covid-19), pelo Dia Internacional da Enfermagem. As manifestações chamaram atenção para a necessidade de melhoria das condições de trabalho, com EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) adequados, já que mais de 100 profissionais da área morreram até o momento, segundo dados do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem). A luta por jornada e salários dignos também foi destaque.

Em Brasília/DF, a categoria realizou um protesto em frente ao Museu da República, sendo que cada profissional trazia nas costas uma placa com os nomes daqueles que faleceram pela Covid-19. Em outra performance criticaram a política de Bolsonaro frente a pandemia. Um boneco inflado do presidente com as mãos sujas de sangue foi erguido no centro da capital com uma faixa com os dizeres: “Os que lavam as mãos o fazem numa bacia de sangue”, Bertolt Brecht. A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF), Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF) e pelos conselhos federal e regional da categoria.

Entidades de base da FASUBRA Sindical também realizaram atos em frente aos Hospitais Universitários (HUs) exigindo respeito e condições de trabalho. Os HUs estão atuando no combate ao coronavírus por serem instituições de grande complexidade e possuírem mão de obra qualificada. Muitas trabalhadoras e trabalhadores, entretanto, encontram-se desamparados, neste momento, não tendo sequer EPIs adequados em vários estados.

Em Uberlândia (MG), técnica-administrativas e técnico-administrativos em educação do SINTET-UFU fizeram uma manifestação silenciosa, respeitando a distância de segurança, na porta do HC-UFU (Hospital das Clínicas da Universidade de Uberlândia) pela flexibilização da jornada de trabalho (30 horas) e por EPI para todas e todos as(os) profissionais.

Já o SINDITEST-PR iniciou nesta terça-feira (12/05) uma série de debates sobre as condições de vida e trabalho desses profissionais, que será transmitida todos os dias, sempre às 17h, na página do Sindicato no Facebook. No dia 20/5, data em que se encerra a semana da enfermagem, está programado um ato em frente ao Hospital de Clínicas da UFPR (Universidade Federal do Paraná) em homenagem aos que perderam suas vidas e em defesa da vida daqueles que seguem na batalha contra o coronavírus.

Trabalhadoras e trabalhadores da saúde da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) fizeram um abaixo-assinado ao reitor da Universidade por abono e insalubridade. No documento destacam que “os profissionais de saúde precisam estar protegidos e confiantes de que sua família estará segura, pois são parte fundamental da infraestrutura de resposta a esta pandemia. Nesse sentido, a insalubridade, o seguro de vida e o abono são um reconhecimento aos que se expõe diariamente a essa doença fatal, e que sofrem a pressão e a angústia de lidar com essa situação de sofrimento e risco”. Veja abaixo-assinado.

O SINTUR-RJ divulgou um manifesto, assinado em conjunto com diversas entidades do estado, intitulado “Profissionais de saúde pedem socorro!” Nele, afirmam que irão responsabilizar “Bolsonaro, Witzel e Crivella por cada profissional de saúde que adoeça ou venha a falecer. Embora haja um conflito político entre esses governos e, portanto, adotem discursos diferentes quanto à gravidade da situação, nenhum deles se diferencia no que diz respeito à disponibilidade de EPI’s, testes, condições de trabalho e valorização econômica emergencial dos e das profissionais de saúde”, ressaltam. Veja o manifesto na íntegra.

O SINTUFES, em Vitória/ES, exibiu um vídeo na entrada do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam Hospital das Clínicas), da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

O SINTUFS preparou um Dossiê do Hospital Universitário, com denúncias. Segundo reportagem, há inúmeras irregularidades no Hospital Universitário de Aracaju (HU-UFS) que põe em risco a vida de servidores, residentes e pacientes na capital sergipana. O documento traz, entre outras situações, um local inadequado para descanso e funcionários em grupo de risco exercendo funções. O Sindicato informa que já acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) para intervir no Hospital e também enviou ofício à Reitoria da UFS cobrando explicações e esclarecimentos relativos aos fatos. Veja reportagem. Na segunda-feira (11/05), o Sindicato ainda realizou um ato simbólico em frente ao HU-UFS.

Já o SINDTIFES, em Belém/PA, denunciou por meio de ofício à reitoria da UFPA as condições inadequadas às quais as trabalhadoras e os trabalhadores, além dos pacientes do Hospital Universitário Barros Barreto (HUBB) estão expostos. Em visita realizada no setor da cozinha do hospital, o Sindicato constatou grande insalubridade no ambiente encontrado.

O SINTUFCE prestou uma homenagem aos profissionais de enfermagem do Complexo Hospitalar da UFC (Universidade Federal do Ceará). Durante visita ao Hospital foi realizado um lanche para expressar o respeito a categoria.

O SINTUFF também organizou um ato em frente ao Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP) em homenagem a três companheiras do hospital que perderam suas vidas devido à Covid-19. Na manifestação reivindicaram a testagem para todos(as), a defesa do SUS, o uso de EPIs e a contratação de mais profissionais.

Em Cuiabá/MT, o SINTUF-MT participou de uma intervenção urbana. Foram fixadas cem cruzes no canteiro central da Avenida Prainha, região central, simbolizando vítimas da pandemia, assim como o risco de morte que os profissionais da saúde estão sendo expostos. Na ocasião foram distribuídas máscaras para as pessoas que circularam pelo local.

FORA BOLSONARO e MOURÃO!

A VIDA ACIMA DOS LUCROS!

TODAS AS VIDAS IMPORTAM!

Com informações dos Sindicatos de base. 

Foto em destaque: SINTET-UFU.

Demais fotos: Assessorias de Comunicação dos Sindicatos.  

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