Seminário discute o desmonte do Estado Social brasileiro

13:39 | 31 de outubro de 2019

A Direção Nacional da FASUBRA Sindical participou nesta terça-feira (29/10) do seminário “O Desmonte do Estado Social Brasileiro: Causas, Consequências e Contradições”, realizado no Hotel San Marco, em Brasília/DF. O seminário foi organizado em conjunto pelo Fonasefe e Fonacate e voltado para os dirigentes sindicais do setor público. Participaram pela Federação os coordenadores Marcelino Rodrigues da Silva, Rosângela Soares Costa, a Elma Dutra, Herivelton Ferraz, Maria Thereza Rodrigues e Zila Camarão.

Durante o encontro foram debatidas medidas do governo Bolsonaro de desmonte dos serviços públicos nas áreas da Educação, Ciência e Tecnologia, Controle/arrecadação, Fiscalização e Seguridade Social. Os participantes fizeram uma avaliação da conjuntura atual e dos retrocessos causados pelas privatizações, reforma da Previdência, Administrativa, Trabalhista e Sindical e seus impactos para a sociedade, além de traçar perspectivas de enfrentamento na defesa dos serviços públicos e contra a retirada de direitos.

A FASUBRA Sindical compôs a mesa que discutiu o painel “O direito à Educação, a importância da Seguridade Social e da Ciência, Tecnologia e Pesquisa no desenvolvimento do Estado Brasileiro”.

A coordenadora Rosângela Costa falou da visão da FASUBRA sobre a educação. “Temos uma visão de educação pública ampla, de que esse bem, esse direito deixe de ser meramente um serviço a ser ofertado para a venda, na maioria das vezes, mas uma bandeira de defesa para da população. Então a Educação para nós é um conceito bem mais amplo, dela depende toda uma estrutura”, afirmou. Rosângela citou ainda a defesa da saúde, por meio dos Hospitais Universitários, e o projeto de Universidade Cidadã, elaborado pela Federação.

“Não é só a questão didática, não é só a sustentação financeira das instituições com recurso público que é nossa reivindicação central, portanto, qual é a educação que podemos defender juntos de forma mais conjunta e mais orgânica como defensores de um serviço público de qualidade?”, questionou. A coordenadora complementou que o momento exige unidade para resistir aos ataques. “Resistir para existir. A gente vive sobressaltos constates. A política que o Future-se implementa é de privatização, de terceirização e de inviabilização das instituições”.

Outro assunto citado pela coordenadora foi o ataque direto às entidades sindicais. “Não tenham dúvida, no próximo ano ele vem”, lamentou.

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