Educação mostra poder de força e resistência e leva milhares às ruas

14:41 | 16 de maio de 2019

Esplanada dos Ministérios 

Milhares de pessoas tomaram as ruas do país nesta quarta-feira, dia 15 de maio, em defesa da educação brasileira, no que consideram os maiores atos desde 2013. O setor da educação contou com o apoio de movimentos sociais, parlamentares, diversas categorias e as manifestações foram realizadas nos 26 estados e no Distrito Federal. Técnico-administrativos, docentes, estudantes, pais de alunos e até escolas particulares apoiaram o movimento, que parou o Brasil e marcou a “Greve Nacional da Educação”, primeiro grande teste do governo Bolsonaro. A tag #TsunamiDaEducação ocupou o topo do Twitter Brasil durante o dia.

Além dos cortes de recursos das universidades e institutos federais e o bloqueio de bolsas de mestrado e doutorado, as ações unificadas protestaram contra os retrocessos à educação como um todo e contra os diversos ataques do atual governo ao setor, que buscam a precarização e a desqualificação do ensino público, gratuito e de qualidade no país.

A proposta de reforma da Previdência, prevista pela PEC 6/19, em tramitação na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, outro ataque gravíssimo ao direito de aposentadoria do trabalhador brasileiro, em especial os professores; e a MP 873/19, que busca diminuir o poder financeiro e de organização das entidades sindicais também foram temas de protestos. Os atos demonstraram força e unidade de luta, sendo uma preparação para a grande Greve Geral dos trabalhadores (as), convocada pelas centrais sindicais para 14 de junho.

Enquanto os protestos ganhavam força pelo país, o presidente Bolsonaro, em viagem a Dallas, nos EUA, classificou o movimento como “massa de manobra” e chamou os estudantes de “idiotas úteis”, o que causou ainda maior indignação entre os manifestantes e legitimou a paralisação, mostrando o quanto o presidente é insensível à política de educação e incapaz de perceber o poder das ruas.

Além das capitais, os atos que ocorreram em mais de 200 municípios foram representativos e pacíficos. Em Brasília, manifestantes percorreram a Esplanada dos Ministérios e se reuniram em frente ao Congresso Nacional durante toda a manhã, onde dirigentes sindicais, lideranças estudantis e parlamentares discursaram em carro de som.  Um mar de gente se formou entre os Ministérios e cartazes e faixas traziam as respostas aos ataques do governo.

“Estamos aqui com os companheiros de plantão acompanhando todo esse projeto nefasto que o governo implementa, junto com 100% dos técnico-administrativos país a fora, que paralisaram e estão na luta para fazer tremer esse governo. Tempos difíceis, em que um governo mente mais do que executa, um governo que improvisa, um governo que vive de fake, um governo que beira ao ridículo”, criticou Marcelino Rodrigues da Silva, coordenador da FASUBRA Sindical. Veja mais fotos no DF.

Confira os atos pelo país:

Goiânia/GO 

Recife/PE 

João Pessoa/PB

Curitiba/PR

Aracaju/SE 

Porto Alegre/RS

Rio Grande/RS

Juiz de Fora/MG

Fotos estados: Sindicatos de base.

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