PEC 06/19: 88% da população que se aposentou desde 2016 não se aposentaria com a reforma, conforme estudo

16:54 | 25 de junho de 2019

A FASUBRA Sindical esteve presente em mais uma reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência, na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (25), e acompanhou palestra da professora da UFRJ Denise Gentil   com o tema “Estudos Atuariais da Previdência Social na PEC 06/2019”.

Segundo a professora, o Congresso Nacional vai votar no escuro uma Previdência que só vai prejudicar a população. Ela afirma que os parlamentares não estão analisando e nem buscando avaliar com profundidade os malefícios da PEC para os trabalhadores.

Conforme Gentil, a aposentadoria será inacessível, caso a proposta seja aprovada da forma que se encontra, porque o tempo mínimo não será o que está explícito na reforma, pois ao fazer as contas para a aposentadoria, os cálculos mostrarão outra realidade, e as idades mínimas irão pra homens de 65 para 76,8 e para as mulheres de 62 para 74,6.

Para os professores a situação é de idade mínima de 60 anos para homens e mulheres, sendo que passará para mais 4 anos para professoras e, para professores, mais 8 anos. A especialista afirmou ainda que, excluídos da PEC, os homens rurais (57%) não se aposentarão mais e mulheres rurais (99%) também não se aposentarão. Com as novas regras, 88% das pessoas que aposentaram no Brasil de 2016 para cá, não se aposentariam. Mulheres e trabalhadores das regiões norte e nordeste serão mais prejudicados ainda, porque o tempo faltante para o homem e a mulher (tempo de contribuição) é o que vai definir a aposentadoria e não a idade.

Para o idoso que não se emprega mais depois dos 60 anos, a situação é ainda mais grave Da grande maioria dos aposentados, 66% não conseguirão mais o salário integral. Gentil afirma que os resultados do estudo não podem ser desconhecidos da população, e que é preciso desmascarar a farsa da reforma da Previdência.

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