Reforma da Previdência é derrotada, mas FASUBRA defende a continuidade das lutas

18:36 | 20 de fevereiro de 2018

 

Para a Federação, é necessário permanecer em unidade diante de novas ofensivas do governo em outros setores, como a privatização da Eletrobrás e ataque à autonomia do Banco Central.

 

A Federação defendeu incorporar a luta por liberdade democrática em audiência pública que discutiu a Reforma da Previdência nesta manhã, 20. O debate foi realizado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, no Auditório Petrônio Portela, do Senado Federal. Representou a FASUBRA os coordenadores Gibran Jordão e Eurídice Almeida.

 

A tramitação da PEC 287/16 no Congresso Nacional completou um ano, acompanhada de resistência, mobilização e unidade das entidades sindicais, movimentos sociais e parlamentares contra a aprovação da matéria. Foram diversas tentativas do governo para aprovar a reforma, derrotado pela falta de votos. Para a FASUBRA, “o governo não conseguiu votos porque os parlamentares tem medo da mobilização e da luta dos trabalhadores”.

 


 

O coordenador Gibran Jordão destacou a necessidade de valorizar a vitória que impôs uma derrota ao governo Temer, diante de um dos principais elementos do ajuste fiscal. Para continuar com a ofensiva aos direitos sociais e democráticos, o governo mudou a pauta.

 

Segundo Jordão, qualquer governo que ganhar as eleições em 2019 e tiver aliança com o capital, será pressionado a reformar a Previdência. “Isso temos que colocar em pauta e debater daqui pra frente”.

 

Para a Federação, é necessário permanecer em unidade diante de novas ofensivas do governo em outros setores, como a privatização da Eletrobrás e ataque à autonomia do Banco Central. “Queremos essa unidade de ação com parlamentares, centrais sindicais, entidades do funcionalismo público e movimentos sociais que estão contra toda essa ofensiva aos direitos democráticos”.

 

Campanha salarial

O ataque ao funcionalismo público tende a continuar, por meio da reestruturação da carreira e congelamento de salários. “Se nós não construirmos uma luta unitária podemos sofrer uma derrota muito grave em relação à nossa carreira e ao reajuste salarial que precisamos exigir, porque o governo não tem intenção de dar aumento pra ninguém nem nesse ano e nem ano que vem”. Para constar qualquer reajuste em 2019, deve ser colocado no orçamento deste ano.

 

 

Liberdade democrática

Incorporar a luta pela liberdade democrática à defesa da Previdência Social e dos direitos é fundamental neste momento, segundo Jordão, o governo tem usado a pauta da segurança pública para tentar intimidar os movimentos sociais e colocar o exército nas ruas. “Hoje é o Rio de Janeiro, mas amanhã podem ser outros estados. Isso pode aumentar a repressão no país para que movimentos sociais e sindicatos não tomem as ruas na lutar por seus direitos”.

 

Fotos: Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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